Parte das empresas de energia que possui distribuidoras operava em baixa nesta quarta-feira (28), por volta de 12h15, após o governo publicar uma portaria ampliando o acesso ao mercado livre de energia para os consumidores do chamado “grupo A”, ou seja, aqueles conectados em alta tensão, acima de 2,3 kV (quilo-volts).
O mercado livre nada mais é do que o ambiente onde os consumidores negociam os preços e as condições de compra de energia diretamente com o supridor, podendo ter uma economia de até 40% sobre os valores praticados pelas distribuidoras, por exemplo.
A iniciativa afeta diretamente as distribuidoras de energia, embora de formas diferentes, já que a concessão de cada uma varia de acordo com a região e a condição social da população atendida. Mas, no geral, essa ampliação vai diminuir o chamado mercado cativo, onde obrigatoriamente os consumidores são atendidos pelas concessionárias.
De acordo com a Abraceel (Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia), os beneficiários da decisão do governo serão aqueles consumidores com faturas mensais a partir de R$ 10 mil.
Só para se ter uma ideia do impacto nas distribuidoras, atualmente, cerca de 106 mil consumidores podem migrar para o mercado livre, segundo cálculos da entidade.
No horário, a EDP Brasil (ENBR3) operava em baixa de 1,72%, a R$ 22,33, enquanto a Energisa (ENGI11) caía 2,42%, a R$ 42,02 e a Cemig (CMIG4) tinha queda de 0,92%, a R$ 10,72.
Já a CPFL subia 1,60%, a R$ 34,29, a Copel (CPLE6) tinha alta de 0,31%, a 6,42, a Equatorial (EQTL3) operava praticamente estável, a R$ 26,16, e a Light subia 2,75%, a R$ 5,61.