É hora de investir pensando em recuperação econômica? Guide acha que sim, mas com cuidado

Retomada de alguns setores e preço baixo das ações justificariam o investimento, segundo corretora

Foto: Shutterstock

A perspectiva de que o Brasil está perto de encerrar o ciclo de alta dos juros e o surgimento de pequenos sinais de retomada em alguns setores abrem espaço para o investidor começar a diversificar a carteira com ações de empresas capazes de se beneficiar da recuperação da economia, segundo a Guide Investimentos. Este movimento, porém, precisa ser feito com cautela.

Na avaliação da corretora, a economia brasileira parece estar saindo de um ciclo de contração, mas ainda não se sabe quando entrará num período de crescimento, nem a intensidade desta recuperação.

“Os juros só devem começar a cair em 2023, os gastos do governo estão limitados pelo endividamento alto do setor público e pelo teto de gastos”, disse a Guide em relatório, acrescentando que do exterior o Brasil já recebeu ajuda do aumento nos preços das commodities, e deve esperar impactos negativos vindos da desaceleração global. “Em resumo, vamos continuar ‘andando de lado’ ou crescendo pouco”.

Mesmo assim, a Guide ressalta que é importante manter alguma exposição a ações de setores chamados cíclicos – cujo resultado melhora ou piora em sincronia com a atividade econômica.

Isso porque, além dos sinais de recuperação em alguns deles, como o de educação, os preços das ações estão suficientemente baixos para compensar o risco.

“Entre os cíclicos domésticos, já vemos alguns sinais de recuperação como foi o caso de YDUQS e Lojas Renner no primeiro trimestre de 2022”, disse a Guide.

Na lista de ações cíclicas domésticas recomendadas pela corretora, estão:

  • CVC (CVCB3)
  • Grupo Soma (SOMA3)
  • Itaú Unibanco (ITUB4)
  • Locaweb (LWSA3)
  • Movida (MOVI3)
  • Multiplan (MULT3)
  • Renner (LREN3)
  • Vivara (VIVA3)
  • Yduqs (YDUQ3)

A recomendação majoritária da Guide, porém, ainda é de alocação em setores defensivos – cujo desempenho depende menos da situação econômica – e em ações de empresas do varejo “não cíclico”, como supermercados e farmácias, por exemplo. A lista inclui, entre outros nomes, JBS (JBSS3), TIM (TIMS3), Energias do Brasil (ENBR3) e Ambev (ABEV3).

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