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Dona da Vivo, Telefônica Brasil (VIVT3) sente o peso da inflação e vê lucro cair quase pela metade

Lucro, de uma maiores operadoras de telefonia do país, frustrou as projeções de casas como Bank of America, Santander e XP Investimentos

Foto: Shutterstock

A Telefônica Brasil, dona da Vivo, conseguiu acelerar a expansão do negócio de serviços móveis no segundo trimestre deste ano, mas sentiu o peso da inflação nos custos e viu a margem de lucro encolher no período, segundo balanço publicado pela empresa na noite desta terça-feira (26).

Diante desse cenário, o lucro líquido da empresa caiu quase pela metade na comparação anual, para R$ 746 milhões, uma queda de 44,6% em relação ao valor registrado no segundo trimestre de 2021.

O montante frustrou as projeções de casas como Bank of America, Santander e XP Investimentos, que acreditavam que a companhia poderia apresentar lucro líquido de R$ 877 milhões, R$ 1,141 bilhão e R$ 998 milhões, respectivamente. Por outro lado, a Telefônica Brasil surpreendeu positivamente os analistas do BTG Pactual, que calculavam ganho líquido menor, de R$ 685 milhões.

No segundo trimestre, os custos recorrentes da empresa subiram 12,9% no período, na comparação anual, uma taxa superior à da receita líquida, que avançou 11,1%, e à do Ebitda (lucro antes de juros, impostos, amortizações e depreciações) recorrente, que teve crescimento de 8,3%, para R$ 4,57 bilhões.

A própria empresa ressaltou, inclusive, que os custos recorrentes cresceram mais que a inflação oficial do país, medida pelo IPCA, do IBGE, que teve alta de 11,9% nos 12 meses encerrados em junho, o último mês do segundo trimestre, ao apontar a inflação como um dos vilões para o aumento dos custos.

O Bank of America, um dos que se frustraram com o lucro, já havia dito, em relatório, que a empresa sofreria com a aceleração da inflação. Tanto é que a instituição previu uma queda da margem Ebitda para 38,8%.

Na prática, o resultado foi até um pouco pior, a 38,7%, uma diminuição de 1 ponto percentual em relação ao nível de um ano antes e abaixo de todas as outras projeções das casas citadas, que tinham estimativas que iam de 38,8% (casos de Bank of America e BTG) até 40,4% (Santander).

A dona da Vivo, porém, surpreendeu positivamente na receita com o negócio de serviços móveis (como telefonia móvel), que somou R$ 8,11 bilhões no segundo trimestre, crescimento de 16% em comparação com o segundo trimestre do ano passado, uma aceleração em relação ao avanço de 5,7% do primeiro trimestre, e mais que o dobro da expectativa do Bank of America, que previa crescimento de 7%.

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A receita de serviços fixos (como internet residencial), por sua vez, atingiu R$ 2,7 bilhões, alta de 10,8% em relação a igual intervalo de 2021.

A receita operacional líquida total somou R$ 11,8 bilhões, crescimento de 11,1% ante um ano antes e um pouco acima da projeção de todas as instituições financeiras citadas, que tinham a mesma expectativa: R$ 11,7 bilhões.

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