Embora a pauta da reforma da Previdência trazer um tom mais otimista ao mercado brasileiro, a aprovação de uma emenda não agradou o setor financeiro do país. Enquanto era prevista uma economia maior que 900 bilhões de reais em dez anos, agora o impacto fiscal estimado para a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) foi desidratado em R$ 133,2 bilhões.
De acordo com apurações do Estadão, o ministro da Economia, Paulo Guedes, ordenou que a cada bilhão “perdido” no Senado seja compensado no “pacto federativo”. A fala do político sobre uma retaliação gerou mais animosidade ao mercado.
→ Leia mais: Senado aprova texto-base da reforma da Previdência, mas destaque do abano salarial não agrada
Na última terça-feira, 1, o plenário do Senado já havia aprovado o texto-base da reforma, mas adiou a votação dos destaques. A versão apresentada pelo relator Tasso Jereissati (PSDB-CE) foi aprovada por 56 votos favoráveis contra 19.
Um dos destaques aprovado excluía da reforma da Previdência mudanças sobre o abono salarial.
Para a Bloomberg, é esperado que a reforma seja aprovada pelo Senado em 2º turno ainda em outubro. No entanto, o risco de parlamentares diluírem a economia proposta pelo projeto está aumentando.
Foto: Adriano Machado/Reuters