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CVC (CVCB3) é a maior queda do Ibovespa antes de balanço e após J.P Morgan rebaixar recomendação

Por volta de 12h31, o papel ordinário da empresa de turismo caía 9,57%, a R$ 7,17

Foto: Divulgação CVC

As ações da CVC (CVCB3), que até ontem acumulavam alta de 13,9% em agosto, caem quase 10% nesta terça-feira (9), com investidores embolsando os ganhos recentes antes de a empresa divulgar resultados hoje à noite e depois de o J.P Morgan rebaixar a recomendação do papel.

Por volta de 12h45, a ação ordinária da empresa de turismo caía 9,57%, a R$ 7,17, enquanto o Ibovespa, principal índice da B3, operava em baixa de 0,36%, aos 108.015 pontos.

Em relatório distribuído ao mercado, o banco americano disse que está tomando uma postura mais conservadora em relação à CVC, dada a dinâmica desafiadora do balanço da empresa, sublinhada pelo recente aumento de capital.

Na visão do J.P Morgan, embora haja uma perspectiva de as reservas de viagens alcançarem os níveis pré-pandemia no quarto trimestre de 2022, devido ao aumento recente da demanda e da expectativa positiva para o segundo semestre, o mix das reservas parece não ajudar muito, uma vez que as viagens corporativas, que possuem a menor margem, estão se recuperando mais rápido que as reservas aos consumidores, onde a margem da companhia é maior.

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Diante disso, o banco rebaixou a recomendação das ações da CVC de overweight – equivalente a uma recomendação de compra – para neutro, com o preço-alvo de R$ 10 para o fim de 2023.

“A inflação está começando a pressionar as despesas. Assim, é provável que os resultados sejam pressionados por mais tempo, enquanto a visibilidade é baixa dado o ambiente macro global”, justifica o J.P. Morgan.

Para o banco, a CVC requer muito capital de giro e pode precisar de mais injeções de capital, dada a baixa geração de Ebitda (lucro antes de juros, impostos e depreciação).

O J.P Morgan acredita que o recente follow-on de R$ 400 milhões pode ser insuficiente para cobrir as necessidades de capital, considerando que a empresa tem R$ 570 milhões de dívidas vencendo até o segundo trimestre de 2023.

A alta de juros também contribui para este cenário de maior necessidade de capital porque aumenta o custo de financiamento da CVC.

“Se assumirmos que os vencimentos do quarto trimestre deste ano serão pagos com o último aumento de capital, sendo que os recebíveis estão rodando a R$ 1 bilhão, não descartamos que a empresa tenha que ir novamente ao mercado, especialmente se as reservas continuarem se recuperando em um ritmo acelerado”, explica o banco.

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