Cury (CURY3) e outras do setor disparam após ampliação de valores do Casa Verde e Amarela

Segundo a XP, as atualizações do programa aparecem como elementos de manutenção do ritmo acelerado de contratações para 2023

Foto: Shutterstock/Refat

As ações da Cury (CURY3), Tenda (TEND3), Direcional (DIRR3) e outras do setor disparam nesta segunda-feira (19), após o conselho do FGTS ampliar em 5% os valores mínimos para venda e financiamento de imóveis do programa Casa Verde e Amarela.

Esse reajuste é válido para todas as regiões do país, com exceção de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, onde os limites atuais do programa foram mantidos.

Em reunião extraordinária na última sexta-feira (16), o conselho do fundo prorrogou, por seis meses, as atuais taxas de juros cobras do grupo 3 do Casa Verde e Amarela e da linha Pró-Cotistas. Os juros cobrados desses clientes, entre 7,66% e 8,16%, vão valer até 30 de junho de 2023.

Atualmente, o grupo 3 beneficia mutuários que ganham entre R$ 4,4 mil e R$ 8 mil por mês, a faixa de renda mais elevada do programa. Já o Pró-Cotista concede financiamentos com recursos do FGTS a quem não tem acesso ao programa.

Segundo a XP, as atualizações do programa aparecem como elementos de manutenção do ritmo acelerado de contratações para 2023, beneficiando todas as construtoras que atuam na baixa renda.

“No quesito de ampliação do teto de contratação de imóveis, vemos as companhias com maior expansão geográfica se beneficiando de uma melhora no enquadramento dos imóveis, o que amplia o mercado endereçável das companhias, principalmente nas faixas mais altas, beneficiando principalmente Direcional (DIRR3), MRV (MRVE3) e Tenda (TEND3)”, afirma Ygor Altero, analista da corretora.

Em relatório publicado na sexta-feira à noite, Altero ressalta que não só essas construtoras se beneficiam da medida, mas aquelas que atuam nas faixas mais altas do programa, como a Cury.

O analista da XP disse ainda ver com bons olhos a iniciativa do Ministério do Desenvolvimento Regional sobre uma possível revisão no teto de contratação. “Essa revisão mais ampla do teto parece positiva, uma vez que o ministério parece ter maior consciência do déficit de enquadramento de imóveis no país, o que pode gerar novas revisões do teto daqui para frente”.

Por volta de 13h55, o papel ordinário da Cury subia mais de 7,5%, a R$ 11,47, enquanto a Direcional tinha alta de 3,88%, a R$ 14,18, a Tenda operava em elevação de 3,16%, a R$ 3,92. A MRV, por sua vez, que tem diversificado seu portfólio além da baixa renda, subia 0,80%, a R$ 7,55.

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