Em dia de agenda esvaziada, o mercado brasileiro deve continuar influenciado por duas forças nesta quinta, dia 20: de um lado, a disparada na cotação de commodities como minério de ferro e petróleo, que beneficia a bolsa brasileira; do outro, a perspectiva de um Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA) cada vez mais duro com a inflação, o que é ruim para ativos de risco e países emergentes.
Na noite de ontem, a China cortou seus juros para empréstimos de curto e longo prazos (as taxas para médio prazo já haviam sido reduzidas no início da semana), decisão que beneficia o setor imobiliário local e países fortemente exportadores para o país, como o Brasil.
A disparada na cotação das commodities sustentou ontem uma nova alta do Ibovespa, que na contramão das bolsas americanas subiu 1,26%, a 108.013 pontos. Às 13h, o DOE (Departamento de Energia dos EUA) informa os estoques de petróleo bruto atualizados. A commodity sofre com diversos problemas de oferta, o que vem impulsionando as cotações a patamares recorde.
Por outro lado, os investidores continuam acompanhando a alta no rendimento de títulos americanos (os treasuries), que continuam subindo com a expectativa de recados de mais aperto na política monetária dos EUA na reunião do Fomc, comitê de política monetária do Fed, na semana que vem.
Esse é o cenário que vem derrubando as bolsas dos EUA: as perspectivas de elevação de juros e retirada de estímulos é ruim para ativos mais arriscados e para emergentes como o Brasil.
Às 10h30 o DoL (Departamento de Trabalho dos EUA) divulga o número de pedidos de auxílio desemprego até 14 de janeiro. O dado é considerado um termômetro do mercado de trabalho americano –o pleno emprego é um dos objetivos perseguidos pelo Fed.