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Com Positivo (POSI3) na ponta, Ibovespa avança no último pregão do ano

Alívio nos juros futuros segue beneficiando o Ibovespa enquanto o mercado aguarda o anúncio dos novos ministros

Foto: Shutterstock/Bigc Studio

O Ibovespa sobe no pregão desta quinta-feira (29), o último de 2022. Um alívio nos juros futuros continua a beneficiar companhias mais sensíveis à economia doméstica, enquanto o mercado aguarda o anúncio dos novos ministros anunciados pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O avanço também reflete a leve alta dos índices do exterior.

O principal índice da B3 avançava 0,20% às 12h24, e operava aos 110.461 pontos.

Na ponta positiva do índice, a ação da Positivo (POSI3) estendia os ganhos da véspera e saltava 7,40%. Na quarta, a B3 informou que a ação da empresa não fará parte do Ibovespa no começo de 2023.

Na sequência, a ação da MRV (MRVE3) ganhava 3,87% após o anúncio de que a Resia, subsidiária da empresa nos Estados Unidos, vendeu um projeto na Flórida por US$ 113 milhões, com uma margem bruta de 24%.

Na avaliação da Genial Investimentos, a notícia da venda é positiva, e demonstra “que o mercado ainda aceita o produto da Resia”. Apesar disso, destaca que a margem é menor do que a média de 34% que foi apresentada em outras vendas da subsidiária.

Entendemos que a margem mais baixa deve levantar discussões sobre o retorno (TIR) dos projetos, uma vez que não há um consenso muito claro sobre a duração da taxa de juros elevada nos EUA”, acrescenta a corretora.

O restante das principais altas era formado por Minerva (BEEF3), que subia 2,59%, BB Seguridade (BBSE3), que avançava 2% e Vibra (VBBR3), que apontava em 1,74% para cima.

A ação da BRF (BRFS3) figurava entre as principais altas com um ganho de 0,70%. A empresa informou ao mercado mais cedo que fechou um acordo de leniência de R$ 584 milhões com a AGU (Advocacia-Geral da União) e a CGU (Controladoria-Geral da União).

O acordo decorre de um processo de investigação interna promovido pela BRF, a partir de 2018, a fim de identificar condutas praticadas no passado por funcionários da empresa. 

Na visão de Leonardo Alencar e Pedro Fonseca, analistas da XP, o acordo encerra “o pior capítulo da história da BRF”.

Em relatório publicado nesta manhã, eles afirmam que a alavancagem é o ponto mais crítico da empresa atualmente, e destacam que o valor não terá impacto no fluxo de caixa, pois antecipa a utilização de benefícios fiscais “que levariam mais tempo para serem utilizados”.

Baixas do Ibovespa

Na parte negativa do Ibovespa, a ação da IRB (IRBR3) caía 3,19% e liderava as perdas. Assim como a ação da Positivo, o papel da resseguradora também deixará de fazer parte do Ibovespa no início do ano que vem.

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Depois dele, Americanas (AMER3) devolvia parte dos ganhos da véspera e recuava 2%, seguida por Renner (LREN3), que perdia também 2%, e Rede D’Or (RDOR3), que tinha uma desvalorização de 1,42%.

Na quarta (28), essas ações mais ligadas à economia doméstica figuraram entre as principais altas do pregão, em resposta a um alívio nos contratos futuros de juros.

Cenário internacional

Fora do Brasil, os mercados globais operam em alta tanto nos Estados Unidos quanto na Europa, o que ajuda o índice local.

Na visão da XP, em relatório matinal, os investidores globais seguem cautelosos com as perspectivas de inflação ainda elevada, aperto da política monetária dos bancos centrais e um período potencialmente prolongado de crescimento econômico menor em 2023.

Veja o desempenho dos principais índices globais nesta quinta-feira:

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