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Com commodities em alta, Gerdau (GGBR3) e Usiminas (USIM5) estão entre maiores avanços da Bolsa

Nesta quinta, os setores que lideram as altas são os de siderurgia e mineração

Foto: Shutterstock

A alta nos preços do minério de ferro e do petróleo segue movimentando o mercado global e ajudando o principal índice da B3 a performar positivamente. Às 13h15, o Ibovespa subia 0,25%, e operava aos 115.450 pontos.

Se na quarta-feira os destaques foram as petroleiras, quem se beneficia mais na quinta são as empresas de siderurgia e mineração. Gerdau (GGBR4) subia 3,91% e constava entre as três maiores altas do dia. Além dela, o Usiminas (USIM5) crescia 3,51%. O movimento acompanha a subida do minério de ferro pelo mundo.

O contrato futuro para maio da commodity negociada na bolsa de Dalian, na China, subiu 6,8% durante as negociações diurnas no país, e é negociado a 797 iuanes, o equivalente a US$ 126.

Contudo, para o operador de renda variável da B.Side Investimentos, Lucas Mastromonico, a alta nos preços chegou num nível em que os investidores ficam com receio de comprar papéis expostos à commodity. “Ele não sabe até quando vai continuar essa alta repentina, e se vai continuar. Existem ainda muitas incertezas com a guerra e quais são os próximos passos da Rússia”, afirma.

Fonte: TradeMap
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A guerra no Leste Europeu também mexe com o preço do petróleo, visto que a Rússia é um importante exportador mundial do produto, e o conflito traz incertezas acerca dos impactos na oferta e na demanda.

Na madrugada desta quinta-feira (3), o preço dos contratos futuros para maio do barril do tipo Brent chegou a bater US$ 119, o maior valor desde 2012. No momento, o preço negociado é de US$ 114. Já o WTI, o petróleo do Texas, é negociado por US$ 111,18.

Com isso, as empresas petroleiras, que lideraram as maiores altas de quarta-feira (2), continuam subindo nesta quinta, mas de forma mais tímida. A 3R Petroleum, que fechou o último pregão com avanço de mais de 12%, tinha alta de 1,28%. Petrobras (PETR4), maior estatal da B3, crescia 0,35%.

Na visão de Mastromonico, da B.Side Investimentos, o movimento do setor nesta quinta é de “relização”, após as subidas muito acima da média de quarta.

Além das empresas de commodities, figuravam entre as maiores altas do dia a Petz (PETZ3), com alta de 5,32%, e IRB Brasil (IRBR3), com avanço de 4,19%.

Lucas Mastromonico acredita que as altas do Ibovespa devem continuar nos próximos pregões, principalmente pela notícia de que a Rússia foi retirada da lista de países emergentes do Morgan Stanley Capital International, o MSCI.

“Com esse movimento, fundos que invistam em emergentes vão ter que tirar sua exposição da Rússia e começar a investir em outros países similares, e isso vai trazer um fluxo principalmente para Brasil e China”, comenta.

Principais quedas

O conflito do Leste Europeu também traz efeitos negativos a algumas ações. O setor de frigoríficos, por exemplo, cai em bloco nesta quinta, e sofre com o aumento do preço dos grãos pelo mundo. Minerva (BEEF3) liderava as quedas do dia, recuando 3,78%. Além dela, BRF (BRFS3) caía 2,97%.

A Yara International, maior empresa de fertilizantes do mundo, ressaltou que a Ucrânia é uma das principais nações agrícolas do mundo.

Enquanto isso, a Rússia é responsável por grande parte da produção de trigo mundial e abastece 25% de toda a Europa com nitrogênio, fosfato e potássio, materiais necessários para cultivos de planta. Com isso, as incertezas da guerra causam volatilidade para esse mercado.

Na quarta-feira, o preço do trigo na Bolsa de Chicago, mercado especializado em commodities agrícolas, subiu 7,62% e encerrou o pregão sendo negociado por mais de US$ 10, o maior preço dos últimos 14 anos.

Fonte: TradeMap
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Além disso, pelo fato de as empresas de alimentos processados na bolsa brasileira serem, em sua maioria, exportadoras, a queda no preço do dólar também prejudica a performance.

A moeda americana era avaliada em R$ 5,08 às 13h15, uma queda de 1,19%. Além dos frigoríficos, figuravam entre as quedas a Embraer (EMBR3), caindo 3,89%, e a TIM (TIMS3), que recuava 3,57%.

Guerra ainda no radar internacional

Os mercados globais continuam a monitorar a guerra da Ucrânia e trabalham com cautela nesta quinta-feira. O movimento tanto nas principais bolsas da Europa quanto em Wall Street é de queda.

A expectativa de uma segunda rodada de negociação entre Rússia e Ucrânia nesta quinta (3) e a sinalização do presidente do Fed (Federal Reserve, o banco central americano) de um aumento mais moderado de juros na reunião deste mês (0,25 ponto percentual de alta) estão no radar dos investidores pelo mundo.

Veja como estavam performando os principais mercados globais nesta quinta, às 13h15:

Bolsa País/Região Queda
Dow Jones Estados Unidos 0,48%
S&P 500 Estados Unidos 0,72%
Nasdaq Composto Estados Unidos 1,44%.
Euro Stoxx 50 Zona do Euro 1,55%
FTSE 100 Reino Unido 2,09%
DAX Alemanha 1,62%

 

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