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Ciclo de commodities abre oportunidades na Bolsa, diz Bredda

Para gestor da Alaska, risco para investidores é deixar passar o momento de entrar em ações

Foto: Shutterstock

O mundo está entrando em um novo ciclo de commodities, dessa vez impulsionado pela restrição de oferta e não aumento da demanda. Para Henrique Bredda, gestor da Alaska Asset, esse cenário vai beneficiar vários setores da bolsa brasileira, mas sua predileção é pelas empresas que estão com caixa.

“Acho que agora o ciclo de commodities não vai ser pela demanda, mas pela restrição de oferta. Não vemos aumentos de capacidade, como o início de um novo alto forno para siderurgia”, exemplificou ele, durante participação na Expert XP 2022.

Na avaliação do gestor, o Brasil, como produtor de commodities, deve se beneficiar desse ciclo e isso se refletir na Bolsa. Para Bredda, essas oportunidades estão presentes nas empresas ligadas a esse ciclo, mas também em outros setores, como o varejo, que deve ter um alívio quando os juros começarem a cair.

Por enquanto, o Banco Central (BC) só sinalizou que o ciclo de alta deve chegar ao fim em setembro.

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“Todos os setores têm algo bom, mas eu particularmente gosto das empresas líquidas”, afirmou, sem detalhar as suas escolhas.

Na avaliação do gestor, o Brasil está relativamente bem posicionado em comparação com outras economias emergentes e mesmo países desenvolvidos, como os europeus e os Estados Unidos, que ainda estão no início do processo de alta de juros.

Risco de perder o bonde

O risco, para ele, é perder esse momento, reforçando que a venda de ações nos últimos meses foi feita, principalmente, por pessoas físicas – diretamente ou resgatando recursos dos fundos de ações ou multimercados.

“Esse investidor quer ficar no CDI (taxa interbancária que se aproxima da Selic) e quando os juros começarem a cair, acha que vai voltar para a Bolsa nesse patamar de 100 mil pontos. Mas eu acho que a Bolsa não estará nesse nível esperando o investidor de varejo”, afirmou.

Rafael Bevilacqua, CEO da Levante Investimentos, também considera que a Bolsa está barata e que é um bom momento para aumentar a posição em ações. Ele lembra que a relação entre o preço das ações do Ibovespa e o lucro dessas empresas está em 5 vezes. A média histórica desse múltiplo é de 12, indicando que a Bolsa atualmente está barata. Entre as empresas que estão com os preços descontados ele cita as de commodities, bancos e varejo.

“O mundo vai precisar de commodities. Os grandes bancos se mostram mais rentáveis mesmo com a competição das fintechs“, disse. “E o varejo está precificado como valendo nada, abaixo do pior momento da pandemia.”

No entanto, ele alerta que o investidor precisa lidar com a volatilidade, em especial porque o Brasil se aproxima do período eleitoral. “O grande ponto é olhar para as empresas e ter na cabeça que vamos ter volatilidade nesse ano e no próximo”, alerta.

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