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CBA (CBAV3) vende menos alumínio no 2º trimestre, mas lucro cresce quase 30% no período

Preço alto do alumínio e déficit no mercado da commodity ajudaram CBA a aumentar o lucro durante o período

Foto: Shutterstock

O lucro da CBA (CBAV3) aumentou no segundo trimestre, impulsionado pelos preços altos do alumínio, que compensaram a queda nas vendas da companhia durante o período.

O lucro da CBA aumentou 28,8% no segundo trimestre em relação ao mesmo período do ano passado, para R$ 510,8 milhões, impulsionado principalmente pelo crescimento de 21,1% na receita da companhia, a R$ 2,3 bilhões.

O aumento no faturamento da CBA ocorreu a despeito de uma queda de 6% no volume de vendas de alumínio no período.

A maior contribuição para os resultados veio do aumento nos preços da commodity. Segundo a companhia, o preço da tonelada de alumínio na LME (London Metal Exchange) no segundo trimestre deste ano foi quase 20% maior que o observado em igual período de 2021, chegando a US$ 2.875.

A CBA também conseguiu cobrar mais que a concorrência em alguns produtos – lingotes e folhas de alumínio, por exemplo – por causa do “mercado físico apertado e dos custos logísticos elevados”.

Mesmo com a demanda menor em algumas regiões e o crescimento da produção na China, a empresa apontou que o mercado mundial de alumínio operou com déficit de 34 mil toneladas no segundo trimestre – ou seja, há menos alumínio disponível em relação ao que os consumidores precisam.

“Com isso, o mercado de alumínio teve 5 dos últimos 6 trimestres em déficit, evidenciando cada vez mais o desabastecimento desse metal no mundo”, disse a CBA.

“Os estoques oficiais da LME continuaram em ritmo acelerado de baixas, caindo mais de 70% no segundo trimestre em comparação ao mesmo período do ano passado, e mais de 30% em relação ao primeiro trimestre, atingindo no dia 30 de junho o valor de 373,2 mil toneladas, o menor desde janeiro de 2001”, afirmou.

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Entre os fatores que prejudicaram os resultados do segundo trimestre, estavam o aumento de 36% nos custos operacionais, a R$ 125 milhões, algo que a CBA atribuiu ao crescimento da empresa – incluindo na conta a aquisição da Alux do Brasil e a criação da unidade de negócio Energia -, e perdas com operações financeiras.

No segundo trimestre deste ano, a empresa registrou um prejuízo de R$ 128 milhões com instrumentos financeiros – o oposto do observado um ano antes, quando a companhia teve um ganho de R$ 132 milhões.

A reversão foi provocada pela valorização do real ante o dólar neste ano, que afetou negativamente o valor dos financiamentos em moeda estrangeira.

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A empresa, no entanto, foi uma da poucas que se beneficiou mais do que se prejudicou com a alta da taxa básica de juros, a Selic – as aplicações financeiras renderam R$ 90 milhões no segundo trimestre deste ano, ou dez vezes mais que no mesmo período do ano passado.

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