Fundada em 1955, a CBA (CBAV3), Companhia Brasileira de Alumínio, já poderia estar em estágio de maturidade, mas ainda enxerga alto potencial de crescimento de suas operações e do mercado em que atua.
Condicionada à forte demanda e produção chinesa, o mercado de alumínio tem tendências sólidas para os próximos anos, segundo o CFO da CBA, Luciano Alves, na TradeLive desta semana. A eletrificação da economia mundo afora é um dos indicativos disso, de acordo com o executivo.
A CBA é a única empresa do setor que opera de forma integrada, com a extração de bauxita, alumina e venda de lingotes, tarugos e vergalhões.
97% da receita vem de alumínio, 3% de energia e 0,1% de níquel. A empresa se mostra favorável à maior diversificação dos negócios, o que poderia diminuir a volatilidade dos negócios. Entretanto, a empresa está inevitavelmente ligada ao preço da matéria-prima.

Além disso, trata-se de um negócio altamente intensivo em energia, a empresa também possui usinas com capacidade instalada de 1,4 GW – que se compara a algumas das empresas listadas do setor de energia.
A geração hidrelétrica, inclusive, faz com que a CBA venda o “alumínio verde”, algo bem visto pelo mercado global em meio à transição energética, que pode acabar taxando a emissão de carbono.
Mesmo com um projeto robusto de crescimento, como a iniciativa Rondon, que visa a extração de bauxita no Pará para exportação da matéria-prima a partir de 2024, a CBA não vê problemas em distribuir dividendos.
O mínimo a ser distribuído pela companhia são os 25% determinado na lei, mas, de acordo com o CFO da empresa, dividendos extraordinários podem ser anunciados ao longo dos próximos anos.
O principal risco para os próximos anos gira em torno da volatilidade das commodities e o desenvolvimento da demanda em consonância à oferta na China. Para proteger seus resultados, a CBA aposta em sua eficiência operacional, que é melhor do que 75% da indústria mundial.
Confira os principais destaques da TradeLive desta semana com o executivo da CBA!