Os casos de Covid-19 na China cresceram nos últimos dias e trouxeram cautela aos mercados financeiros do país, que fecharam em queda nesta segunda-feira (11).
O índice CSI 300, que reúne as maiores empresas listadas tanto na bolsa de Xangai quanto na bolsa de Hong Kong, recuou 1,67%.
Em Singapura, o preço dos contratos futuros de minério de ferro – um dos produtos amplamente consumidos pela China, que é o maior produtor de aço do mundo – caiu 1,78%, para US$ 110,90 por tonelada.
De acordo com dados da Universidade Johns Hopkins, dos Estados Unidos, no domingo (10) a China registrou 3,4 mil novos casos da doença – nível quatro vezes maior que o observado há um mês, quando as cidades chinesas começaram a relaxar as restrições à circulação de pessoas.
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Estas restrições, cujo objetivo era mitigar a transmissão de Covid-19 e que na prática impediam os chineses de saírem de casa, são uma das causas apontadas por especialistas e empresas para o aumento nos preços de diversos produtos manufaturados.
Em Xangai, por exemplo, as medidas de lockdown afetaram o funcionamento de um dos principais portos do mundo e restringiram tanto a oferta quanto a produção de equipamentos em vários países – inclusive no Brasil.
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O ressurgimento dos casos de Covid-19 reviveu os receios com a possibilidade de a China retomar as restrições à circulação de pessoas – e, com isso, prejudicar ainda mais o cenário de recuperação econômica do país e da economia mundial.
“Mesmo após dados recentes sugerirem que a atividade econômica se recuperou rapidamente após o relaxamento das restrições ligadas à Covid-19 em junho, a política de Covid zero que segue em andamento e estas restrições devem limitar o crescimento da demanda”, disse o Rabobank em um relatório.
“No mês passado, baixamos nossa previsão para o crescimento do PIB da China para 2,8% em 2022, e ainda achamos que o consenso das expectativas, de 4,1%, ainda é muito otimista”, acrescentou.