A rede europeia de supermercados Auchan parece pronta para ir às compras: o conglomerado francês estaria conversando com fundos de private equity, como a CVC Capital Partners, para realizar uma oferta conjunta pela operação do Carrefour, segundo informações da Bloomberg.
No ano passado, os acionistas majoritários do Carrefour, que incluem o brasileiro Abilio Diniz, declinaram uma proposta de aquisição da Auchan de 16,6 bilhões de euros, ou 21 euros por ação, por considerar o valor baixo demais.
“A especulação de que a proposta da Auchan pode ser maior do que a do ano passado traz uma euforia para o mercado, com os investidores comprando o papel já imaginando uma possível compra a um valor de ação maior ou, inclusive, uma injeção de capital no grupo, que causaria uma alta expressiva no médio prazo”, explica Felipe Vella, analista técnico da Ativa Investimentos.
Com isso, a ação do Carrefour mudou sua trajetória de 2022, depois de cair por três pregões seguidos, e tinha alta de 2,29% às 14h30, cotada a R$ 14,28.
Caso as negociações sejam bem-sucedidas, o Auchan, que hoje ocupa o segundo lugar entre as maiores varejistas de alimentos da França, passaria para a primeira posição.
O noticiário em torno do Carrefour, porém, não parou por aí. Mais cedo nesta quinta-feira, o grupo comunicou que o aumento de seu capital social em R$ 4,8 bilhões, que estava previsto para o início deste ano, não será mais realizado.
A justificativa da rede de supermercados é que o aumento estava condicionado à reforma do Imposto de Renda, que acabou não saindo do papel. Assim, o capital social da varejista segue em R$ 7,65 bilhões.