Caged: Criação de emprego acelera de novo em maio, mas salário de admissão cai

Saldo positivo é resultado de 1,9 milhão de admissões e 1,6 milhão de desligamentos; setor de serviços volta a puxar abertura de novas vagas.

Foto: Shutterstock

O ritmo de criação de empregos no Brasil acelerou pelo segundo mês consecutivo em maio, com a economia criando 277  mil postos de trabalho com carteira assinada, segundo dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados). O resultado reflete 1,9 milhão de admissões e 1,6 milhão de desligamentos.

Os números de maio representam alta de 40% em comparação a abril, quando a economia brasileira criou 197,4 mil postos de trabalho. Na comparação com maio do ano passado, quando foram abertas 266,4 mil vagas houve aumento de 4%.

No acumulado de 2022, o Brasil criou 1,051 milhão de empregos formais, menos que os 1,161 milhão de empregos registrados de janeiro a maio do ano passado. O estoque de empregos, no entanto, subiu para 41,7 milhões, alta de 0,67% em comparação ao mês anterior.

A despeito do aumento de vagas com carteira assinada, o salário médio de admissão voltou a cair. Em maio, o valor foi de R$ 1.898,02, queda de 0,94% em comparação ao mês anterior (R$ 1.916,07).

Em um ano, a queda é ainda mais acentuada. Em maio do ano passado, o salário médio de admissão era de R$ 2.010,68, diferença de 5,5% em comparação ao mesmo mês de 2022.

Nos cinco meses de 2022, apenas em abril o salário de admissão registrou aumento. Em 2022, o rendimento registra queda de 2,6%.

Serviços puxam alta

A geração de empregos em maio foi puxada pelo setor de serviços, que abriu 120,2 mil vagas. Comércio aparece na sequência, com 47,5 mil postos, seguido pela indústria (46,9 mil), construção (35,4 mil) e agricultura, que fechou o mês de maio com saldo positivo de 26,7 mil vagas.

Na distribuição pelo país, todas as cinco regiões tiveram desempenho positivo. O Sudeste foi a região com o melhor índice ao registrar 147,8 mil vagas formais. O Nordeste aparece na segunda colocação, com 48,8 mil empregos, e o Centro-Oeste foi responsável por 33,9 mil novos postos. A região Sul registrou 25,5 mil postos criados a mais do que fechados, enquanto o saldo do Norte ficou positivo em 16 mil postos.

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