BTG (BPAC11) e ex-presidente da Petrobras (PETR4) são alvos da Lava-Jato

A Polícia Federal começou nesta sexta-feira a 64ª fase da Operação Lava-Jato, batizada de “Pentini” (arrependidos), que envolve propinas paga pela Odebrecht, como aponta reportagem da Folha de S.Paulo. De acordo com PF, são 12 mandados de busca e apreensão em São Paulo e no Rio de Janeiro. Entre os quais a ex-presidente da Petrobras (PETR4), Graça Foster, e o ex-presidente do BTG Pactual (BPAC11), André Esteves.

Segundo o portal de notícias G1, a defesa de André Esteves disse que não vai se manifestar, pois toma conhecimento da decisão. Em nota, a instituição bancária informou que está à disposição das autoridades para que tudo seja esclarecido o mais rápido possível. “O BTG Pactual reforça que o banco opera normalmente”, reforça a companhia.

“As buscas se relacionam a diferentes inquéritos policiais que contaram com as revelações do ex-ministro dos governos petistas Antonio Palocci em acordo de delação premiada”, revela a reportagem da Folha.

De acordo com a PF, as investigações duram mais de um ano, com base em provas colhidas de outras fases. A Operação Pentini também tem o objetivo de identificar os beneficiários da planilha “Programa Especial Italiano” gerida pelo setor de propinas da Odebrecht, e como eram feitas as entregas de valores ilícitos a autoridades.

A Polícia Federal revelou que a fase também esclarece atos de corrupção que envolvem o BTG Pactual em um projeto de vendas de ativos da Petrobras na África. Isso pode ter causado prejuízo aos cofres públicos em cerce de R$ 6 bilhões (valores atualizados).

Na B3, os papéis negociados pelo banco (BPAC11) enfrentam fortes quedas, atingindo 15,18% negativo. Acompanhe o mercado acionário em tempo real com o TradeMap.