brMalls (BRML3) e Aliansce (ALSO3) têm fusão aprovada no Cade e devem concluir transação em janeiro

A operação foi aprovada sem restrições pela Superintendência-Geral do Cade

Foto: Shutterstock/Vibhin Periye

A brMalls (BRML3) e a Aliansce Sonae (ALSO3), que anunciaram em abril um acordo de fusão que cria a maior rede de shoppings centers do Brasil, tiveram o negócio aprovado nesta quinta-feira (17), sem restrições, pela Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), autarquia do governo responsável por evitar que fusões e aquisições gerem cenários de monopólio ou concorrência desleal.

Vale lembrar que a aprovação da Superintendência-Geral não é o último passo. A decisão final cabe ao tribunal do Cade. No entanto, se correr o prazo de 15 dias sem que o tribunal se manifeste, o parecer da Superintendência-Geral passa a ser definitivo. Esta é a expectativa das duas companhias.

As duas empresas também disseram nos comunicados que acreditam que a transação será efetivada em janeiro de 2023. “Até a data da consumação da Operação, as Companhias não sofrerão qualquer alteração na condução de seus negócios, e permanecerão operando de forma independente”, afirmaram.

A transação entre as redes de shoppings envolveu à época um valor total de R$ 8,1 bilhões, a partir de uma oferta feita pela Aliansce Sonae. As negociações começaram no final do ano passado, quando a Alianse Sonae manifestou interesse no negócio.

Ao todo, foram três propostas, a primeira em janeiro e a última em abril, quando o conselho de administração da brMalls aceitou a oferta. Em junho, os acionistas da brMalls aprovaram o negócio.

No mercado, a visão prevalecente é de que a junção das duas empresas faz sentido do ponto de vista de sinergias a agregar entre os negócios. Historicamente, a consolidação de players do segmento de shopping centers tem sido positiva – como a da própria Aliansce, que se juntou à Sonae em 2019.

Segundo estimativas do BTG Pactual, a união das duas companhias pode gerar cerca de R$ 210 milhões por ano nas chamadas “sinergias” – redução de despesas redundantes, por exemplo -, além de um portfólio mais forte de ativos, dada a complementaridade da carteira de shoppings das duas companhias.

“A fusão criaria um gigante do setor, com mais de duas vezes a área bruta locável ou vendas do segundo maior player do Brasil”, disse o banco em relatório divulgado à época da primeira proposta feita pela Aliansce.

 

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