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BRF (BRFS3) volta a ter maior gestora do mundo como acionista relevante e ação sobe mais de 1%

BlackRock agora tem 5,27% de participação na dona das marcas Sadia e Perdigão

Foto: Shutterstock/rafapress

A BRF (BRFS), dona das marcas Sadia e Perdigão, voltou a ter a americana BlackRock, maior gestora de ativos do mundo, como um acionista relevante — classificação dada pelo mercado a sócios que tem pelo menos 5% das ações.

Segundo comunicado publicado na manhã desta quarta-feira (4), a empresa recebeu uma notificação da BlackRock ontem na qual a gestora informa que comprou 54,4 milhões de ações ordinárias da BRF e 2,74 milhões de ADRs, que são papéis que replicam nos EUA as ações de empresas listadas no Brasil.

Com a aquisição, a BlackRock agora tem 57,12 milhões de ações ordinárias, o que equivale a 5,27% do total de ações ordinárias emitidas pela companhia.

O comunicado não informa qual era a participação anterior da BlackRock, mas se a gestora tem 5,27% com 57,12 milhões de ações, após comprar 54,4 milhões de ações, antes tinha 2,7 milhões de ações, ou 0,25%.

Não é a primeira vez que a BlackRock tem uma posição relevante na BRF. Antes da oferta de ações realizada pela empresa no início do ano passado, a gestora americana tinha 5,27%. No entanto, como não participou da oferta, sua fatia acabou sendo diluída à época para 3,95%.

A BlackRock voltou a comprar os papéis da BRF após a ação da companhia ter tido um ano tenebroso em 2022. Em 12 meses, o ativo acumula queda de 66%.

O ano passado foi marcado por resultados negativos da operação da companhia. No balanço mais recente, referente ao terceiro trimestre, a empresa registrou prejuízo líquido de R$ 137 milhões.

O excesso de estoque e a aceleração da inflação, em meio a uma guerra na Europa que embaralhou a oferta de commodities pelo mundo, pressionaram a margem de lucro do negócio e contribuíram para que a companhia tivesse uma piora em seu desempenho.

Na oferta de ações do início de 2022, a BRF chegou a movimentar R$ 5,4 bilhões, com o intuito de financiar a expansão da empresa, mas analistas de mercado consideram o montante insuficiente para o objetivo.

Vale lembrar também que em março, após a oferta, a BRF passou a ter Marcos Molina, o fundador da Marfrig, como presidente do conselho de administração. A Marfrig é dona de cerca de um terço da BRF.

No pregão desta terça, a ação da BRF abriu como uma das principais altas do dia, chegando a subir mais de 3%, mas perdeu força ao longo da última hora. Por volta das 12h40, tinha valorização de 1,06%, a R$ 7,64.

 

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