Avaliando as quedas recentes do papel da BRF (BRFS3), o Goldman Sachs alterou a recomendação do papel de venda para neutra, mantendo o preço-alvo de R$ 13,20 para o fim de 2023, uma valorização de 16,50% ante o fechamento de segunda-feira (14), que foi de R$ 11,33.
Desde abril, quando o banco iniciou a cobertura dos papéis, as ações acumulam recuo de quase 35%, o que também serviu para o banco mudar sua visão no investimento.
Em relatório distribuído nesta quarta-feira (16), o Goldman afirma que a queda do papel abre uma oportunidade de compra, já que há uma perspectiva de mudança de rota para o lucro, após mudanças recentes tanto no âmbito da gestão quanto setorial.
“Uma inflação de custos potencialmente mais baixa, o aumento da eficiência operacional e os resultados das divisões internacionais podem sustentar um caixa positivo e uma alavancagem sequencialmente menor a partir do quarto trimestre”, diz o analista do banco, Thiago Bortoluci.
Para o Goldman, o resultado do terceiro trimestre da empresa, divulgado no dia 9 deste mês, indica uma luz da recuperação operacional com as mudanças recentes da equipe de gestão e do conselho de administração.
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No terceiro trimestre, a dona da Sadia e da Perdigão registrou um prejuízo líquido de R$ 137 milhões. Apesar da perda, o resultado demonstrou uma recuperação em relação ao prejuízo de R$ 271 milhões apresentado no mesmo período do ano passado.
A receita líquida, contudo, avançou 13,4% na comparação anual, devido ao aumento de 11,3% dos preços médios.
Por volta de 11h27, o papel ordinário da BRF subia 0,18%, a R$ 11,44, na contramão dos seus pares setoriais, que operavam todos em baixa.