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Bolsas internacionais sobem com diminuição de receios sobre lockdowns

Expectativa de retomada de negociações sobre estímulo nos EUA também contribui para a alta

Foto: Deposit Photos

As bolsas internacionais voltaram a operar em alta diante da diminuição dos receios com potenciais impactos da covid-19 sobre a economia e da sinalização de que o governo dos Estados Unidos continuará tentando garantir apoio do Congresso do país a um pacote de estímulos de aproximadamente US$ 2 trilhões.

Ontem, as bolsas lá fora caíram em parte por causa de novas restrições à circulação adotadas por alguns países europeus para conter a disseminação da variante Ômicron do coronavírus, causador da covid-19.

Hoje, no entanto, estes receios ficaram em segundo plano depois que o Reino Unido abdicou de endurecer as medidas de distanciamento social no curto prazo em resposta ao crescimento da Ômicron. A perspectiva de que os Estados Unidos também evitarão este tipo de medida – e se concentrarão em ampliar testagem, vacinação e recursos a hospitais – também contribuiu neste sentido.

Ainda em relação ao governo americano, a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, disse ontem que o presidente Joe Biden continuará trabalhando para conseguir apoio no Senado ao seu pacote de estímulo à economia. Ele precisa do apoio de todos os senadores do Partido Democrata para fazer a proposta ser aprovada, mas um deles, Joe Manchin, é contra o texto.

A possibilidade de o pacote ser rejeitado deixou os investidores mais pessimistas e levou instituições financeiras, entre elas o Goldman Sachs, a reduzirem a previsão de crescimento da economia americana.

A tendência nos próximos dias é de que os mercados apresentem mais volatilidade. Conforme se aproximam os feriados e datas comemorativas do encerramento do ano, o volume de negócios tende a diminuir, o que deixa os preços das ações mais erráticos.

O índice Stoxx 600, que reúne empresas de vários países da Europa, subia 1,12% por volta das 9h35 (de Brasília), e os contratos futuros dos Estados Unidos também apontavam para uma abertura positiva no mercado de ações, com alta de 1% para os principais índices acionários.

Na Ásia, as bolsas subiram refletindo a animação dos investidores com a aprovação de um novo pacote de gastos no Japão para combater impactos econômicos da covid-19. Outro impulso nos ânimos veio da sinalização de que o governo chinês vai apoiar o setor imobiliário para evitar que os problemas ali tenham consequências negativas sobre o setor financeiro.

Mesmo assim, a agência de classificação de risco Fitch aponta que os problemas da pandemia e a crise imobiliária chinesa podem ter um efeito cascata nas indústrias correlatas, como construção e commodities.

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