Bolsas internacionais operam sem direção única reagindo ao Fed e à espera de balanços

Três autoridades do banco central dos EUA indicaram ser favoráveis a alta acelerada ou mais intensa dos juros no país

Após uma semana volátil, as bolsas internacionais operam sem direção definida nesta sexta-feira. A indecisão do mercado reflete a cautela dos investidores depois de três autoridades do Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos, indicarem que são a favor de um ritmo mais rápido de alta nos juros do país.

Ontem, a diretora do Fed, Lael Brainard, disse que as altas de juros nos Estados Unidos podem começar assim que a instituição para de injetar dinheiro na economia – o que está previsto para acontecer em março. Além disso, dois presidentes de regionais do banco central americano – Patrick Harker e Charles Evans – também se posicionaram em prol de altas mais rápidas ou mais intensas nos juros.

Embora os comentários surpreendam pouco – visto que desde dezembro os investidores já sabem que os juros podem subir a partir de março -, a postura mais austera demonstrada pelos membros do Fed foi interpretada como um sinal de que o banco central pode ser mais austero do que o previsto em seu esforço para conter a inflação nos Estados Unidos, que está no maior nível em quatro décadas.

Por volta das 9h10 (de Brasília), o índice EuroStoxx 50, que reúne ações de grandes empresas da zona do euro, caía 0,78%. Nos Estados Unidos, os contratos futuros dos principais índices acionários de Wall Street estavam divididos. O Nasdaq, que ontem caiu 2,5%, hoje recuava 0,12%, enquanto Dow Jones e S&P 500 operavam praticamente estáveis.

O movimento do mercado pode mudar por causa de balanços previstos para hoje nos Estados Unidos – entre eles os de grandes bancos do país. O JP Morgan já publicou os números e as ações caem 3% no pré-mercado.

Além disso, às 11h15 (de Brasília), serão informados os dados da produção industrial dos Estados Unidos em dezembro. Às 12h, será divulgado o índice de confiança do consumidor americano medido pela Universidade de Michigan.

A variante Ômicron, responsável por 98% dos casos de Covid-19 nos Estados Unidos, ainda preocupa os investidores. Devido aos avanços da doença, o presidente Joe Biden afirmou que irá adquirir 500 milhões de testes rápidos para a detecção da Covid, devido à alta demanda por todo o país. 

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