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Bolsa supera os 113 mil pontos após arrefecimento da curva de juros; Magazine Luiza (MGLU3) dispara

Por volta de 13h35, o principal índice da B3 subia 0,58% e operava aos 113.688 pontos

Foto: Shutterstock/Alf Ribeiro

Em dia de liquidez reduzida, devido ao feriado na cidade de São Paulo, onde está localizada a Bolsa brasileira, o Ibovespa chegou a operar em queda até o começo da tarde, mas com uma reviravolta na curva de juros passou a subir e se descolou do exterior.

Por volta de 13h35, o principal índice da B3 subia 0,58% e operava aos 113.688 pontos. A maior alta do pregão ficava com o Magazine Luiza (MGLU3), que estendia os ganhos recentes e se valorizava 4,78%.

Ainda na ponta positiva, a ação da Weg (WEGE3) subia 4,65%. A XP divulgou um relatório com prévias para os balanços de empresas do setor de bens de capital no quarto trimestre de 2022, no qual prevê resultados positivos para a companhia no período, com um avanço de 34% no lucro líquido.

Além da XP, a Genial também está otimista com o balanço da companhia. “Acreditamos que o quarto trimestre deverá ser relativamente positivo. Estimamos uma receita líquida de R$ 8,1 bilhões, com um avanço de 23,5% na comparação anual e um lucro líquido de R$ 1,2 bilhões, 38% maior na mesma base”, escreveram os analistas. A Weg divulgará seu balanço no dia 15 de fevereiro.

Alpargatas (ALPA4), Fleury (FLRY3) e Vibra (VBBR3) também operavam em alta, subindo 2,34%, 2,42% e 2,26%, respectivamente.

Para Bernard Faust, operador de renda variável da One Investimentos, uma virada na curva de juros contribuiu para essa inversão do índice. “Vimos a curva de juros abrir de uma forma brusca mais cedo, mas o movimento virou no começo da tarde, o que acaba afetando as empresas mais sensíveis ao juros”.

De acordo com dados da plataforma do TradeMap, os contratos futuros de juros (DIs) para 2024, 2026 e 2028 recuavam em bloco, cotados a 13,30%, 12,64% e 12,79%, nesta ordem.

Quedas do dia

Dentre as principais baixas do pregão, Dexco (DXCO3) perdia 2,10%, Totvs (TOTS3) caía 2,22% e Via (VIIA3) apontava em 2,79% para baixo. Além delas, a unit do BTG Pactual (BPAC11) se desvalorizava 0,05%.

A Justiça do Rio de Janeiro reverteu um bloqueio de R$ 1,2 bilhão que o banco obteve sobre os recursos da Americanas (AMER3) que estavam sob custódia. O pedido inicial havia sido feito pelo BTG e acatado pelo desembargador do caso na última quarta (18), antes da empresa entrar em recuperação judicial na quinta-feira (19).

O desembargador Flávio Horta Fernandes reverteu o bloqueio justamente uma semana após o pedido de recuperação judicial da Americanas. Em nota publicada no site da Justiça do Rio, Fernandes sinalizou que os recursos só poderão ser utilizados para a própria recuperação judicial e pelos próprios administradores judiciais da varejista.

O magistrado determinou ainda que cabe ao “administrador judicial comprovar ao juízo a utilização dos recursos com destinação exclusiva ao fluxo de caixa da atividade empresarial”, com qualquer desvio na utilização dos recursos podendo penalizar criminalmente a Americanas.

Ações de grande peso no índice, por sua vez, como Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4) recuavam nesta quarta. Enquanto a mineradora perdia 0,26%, a petrolífera apontava em 0,30% para baixo.

O conselho de administração da estatal deverá se reunir nesta quinta (26) para votar a aprovação do senador Jean Paul Prates para a presidência da estatal, depois do seu nome ter sido avaliado pelo Comitê de Pessoas (Cope) da empresa na terça (24), segundo fontes ouvidas pelo jornal O Estado de S.Paulo.

Com isso, o processo deve ser acelerado e Prates assumiria o comando nos próximos dias, e possivelmente deve aguardar a realização da assembleia geral ordinária de abril, já marcada, para ser efetivado, ao invés de convocar uma assembleia extraordinária.

Enquanto isso, a estatal anunciou na noite de ontem que vai interromper o recebimento de propostas para a compra da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados III (UFN-III), subsidiária da companhia, que havia sido posta à venda ainda durante o governo de Jair Bolsonaro.

A Petrobras disse que iria avaliar os próximos passos relacionados à venda do ativo em questão e se comprometeu em ser transparente em seus projetos de desinvestimentos e gestão de portfólios.

Para Sérgio Castro, analista CNPI da Agência TradeMap, a interrupção da venda muda o rumo da estratégia de desinvestimento posta em prática pela empresa nos últimos anos. “O mercado espera que os planos da nova gestão seja voltados para a ampliação dos negócios, principalmente a expansão das refinarias, em busca de maior produtividade”, comentou, em análise.

Bolsas internacionais em queda

No exterior, os mercados globais operam em terreno negativo nesta quarta. Nos Estados Unidos, o mercado repercute projeções abaixo do esperado feitas pela Microsoft na véspera.

A empresa de tecnologia realizou uma teleconferência para apresentar seus resultados do quarto trimestre do ano passado, e viu uma desaceleração dos negócios no período. Para o próximo trimestre, a empresa projetou receitas menores do que o mercado esperava, o que derrubou as ações por lá. Nesta quarta, o BDR da empresa (MSFT34) recuava 7%.

“A Microsoft projeta de US$ 50,5 bilhões a US$ 51,5 bilhões em receita no terceiro trimestre fiscal, o que representa um crescimento implícito de 3% na comparação anual, enquanto analistas esperavam US$ 52,43 bilhões”, destacou a XP, em relatório.

Investidores ainda aguardam para esta quarta, após o fechamento dos mercados, os resultados de Johnson & Johnson e Verizon.

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