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Bolsa oscila em meio à fraqueza nos EUA; empresas ligadas ao consumo lideram as quedas

Por volta das 13h30 o principal índice da B3 recuava 0,26%, aos 113.400 pontos

Foto: Shutterstock

O Ibovespa sente o peso da volatilidade dos mercados externos e opera perto da estabilidade nesta quinta-feira (18). Na ponta positiva, o destaque é para ações ligadas ao petróleo e empresas que recuaram recentemente, enquanto no lado vermelho estão papéis ligados aos juros. Além disso, o índice tenta se equilibrar em meio à fraqueza das Bolsas americanas.

Por volta das 13h30 o principal índice da B3 recuava 0,26%, aos 113.400 pontos.

No lado negativo, a MRV (MRVE3) liderava as perdas com um recuo de 6,44%. Na sequência, Azul (AZUL4) caía 4,73%, CVC (CVCB3) perdia 5% e Yduqs (YDUQ3) apontava em 5,14% para baixo.

Nesta quinta, a curva de juros brasileira apresenta um avanço, o que acaba prejudicando as companhias mais expostas ao mercado interno. De acordo com dados da plataforma do TradeMap, os contratos futuros de juros para 2023, 2025 e 2028 avançavam 8, 1 e 3 pontos-base, respectivamente.

Vale ressaltar que parte desses papéis, principalmente de algumas varejistas, tem se valorizado com intensidade no último mês. A Magazine Luiza (MGLU3), por exemplo, que cai 2,74% no pregão, acumula uma valorização de quase 40% em agosto.

O economista-chefe da Frente Corretora, Fabrizio Velloni, esperava desempenhos melhores para esses papéis, principalmente devido ao poder de compra da população que teve um respiro com o aumento do programa Auxílio Brasil.

Outros papéis que recuavam com intensidade eram Petz (PETZ3), Dexco (DXCO3) e Americanas (AMER3), que perdiam, respectivamente, 3,49%, 3,14% e 3,16%.

Destaques de alta 

Na ponta positiva, papéis que recuaram com intensidade recentemente se valorizavam. A Hapvida (HAPV3) ganhava 4,12%, a Natura (NTCO3) avançava 4,19%, a Positivo (POSI3) subia 3,84% e a Totvs (TOTS3) tinha alta de 3,39%.

Contudo, um setor que subia em bloco era o das petrolíferas. 3R Petroleum (RRRP3) ganhava 2,62% e Prio (PRIO3) subia 0,70%, refletindo a alta do preço do Brent e o início de cobertura com recomendação de compra para os papéis do Itaú BBA.

No mercado futuro da ICE, o barril do petróleo do tipo Brent, que serve como referência no mercado internacional, operava em alta de 2,16% na comparação intradia, recuperando o patamar dos US$ 95.

Nesta semana, dados do Departamento de Energia dos EUA (EIA, na sigla em inglês) mostraram que as exportações do país atingiram 5 milhões de barris por dia na semana anterior, indicando uma demanda aquecida no mercado externo.

No relatório divulgado mais cedo, o iniciou sua cobertura de algumas petrolíferas. Os analistas da instituição que assinam o relatório, Monique Greco, Eric de Mello e Julia Passabom, recomendam compra de PRIO, 3R Petroleum e PetroReconcavo.

“O rótulo júnior provavelmente não se adequa mais a essas empresas, uma vez que seus volumes de produção e valor de mercado já superaram significativamente os níveis esperados para empresas júnior”, afirma o BBA.

Bolsas internacionais voláteis

No exterior, o movimento das Bolsas é de sobe e desce desde o início do pregão. Contudo, os mercados americanos parecem começar a firmar no positivo.

Nos Estados Unidos, o mercado digere os dados de seguro-desemprego divulgados mais cedo pelo Departamento de Trabalho do país, que mostrou que as solicitações diminuíram em 2 mil na semana encerrada em 13 de agosto, atingindo 250 mil pedidos.

“Essa notícia pode ser considerada ‘negativa’. Mostra que a economia americana ainda está com força, e que isso pode sinalizar mais um aumento agressivo nas taxas de juros feitas pelo Fed (o banco central americano) por lá”, diz Velloni.

Em Wall Street, o Dow Jones operava com estabilidade, o S&P 500 ganhava 0,29% e o Nasdaq crescia 0,40%. Na Europa, já perto do fechamento, o FTSE 100 ganhava 0,25% e o DAX 30 subia 0,52%. Já o Euro Stoxx 50, que reúne empresas de toda zona do euro, apontava em 0,30% para cima.

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