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Bolsa acompanha bom humor generalizado e sobe mais de 1%; Magazine Luiza (MGLU3) dispara

Perto das 13h25, o Ibovespa valorizava 1,12% e operava aos 113.560 pontos

Foto: Shutterstock

A Bolsa brasileira sobe mais de 1% no primeiro pregão da semana, amparado pela alta no exterior e pelas ações ligadas aos juros, que se beneficiam de uma perspectiva de uma menor inflação até o final do ano.

Perto das 13h25, o Ibovespa valorizava 1,12% e operava aos 113.560 pontos. Na ponta positiva Magazine Luiza (MGLU3) subia 8,45%, Alpargatas (ALPA4) avançava 6,15%, Renner (LREN3) valorizava 3,43% e Via (VIIA3) apontava em 5% para cima. O Boletim Focus, publicado mais cedo pelo BC (Banco Central), mostrou que a inflação deve arrefecer no Brasil até o final do ano e em 2023.

Com a expectativa de uma nova deflação também em setembro, os especialistas agora esperam que o IPCA encerre o ano em 6,40% (ante 6,61% na pesquisa anterior). Para 2023, as expectativas foram reduzidas de 5,27% para 5,17%.

Além disso, a FGV informou que o IGP-M (Índice Geral de Preços de Mercado) registrou uma deflação de 0,80% na primeira prévia de setembro. Para o mês corrente, a leitura aponta uma queda de 0,70%.

Segundo Rodrigo Jolig, CIO da Alphatree Capital, a subida do Ibovespa segue o bom humor vindo do exterior. “Estamos vindo desde a semana passada de uma recuperação das bolsas americanas e europeias, as notícias do fim de semana também animam o mercado”, comenta, se referindo aos desdobramentos da guerra na Ucrânia, indicando talvez uma virada no conflito.

Na sequência, a Ecorodovias (ECOR3) subia 6,86%. Nesta segunda, o BofA divulgou um relatório recomendando a compra dos papéis da dona do sistema Anchieta e Imigrantes, que liga a cidade de São Paulo ao litoral Sul.

Para os analistas Rogério Araújo e Gabriel Frazão, o papel da Ecorodovias está “muito atraente para ser ignorado”. “Depois de vencer dois leilões relevantes, vemos isso como uma história de execução, rendendo a melhor cobertura de risco e retorno”, comentam.

Na visão dos analistas do BofA, a Ecorodovias terá uma taxa de retorno (TIR, na sigla em inglês) de cerca de 20% em relação ao seu patrimônio nos próximos anos. A CCR, por sua vez, deve ter uma TIR menor, de 14%. “Ao mesmo tempo, vemos o ‘poder de fogo’ do balanço da empresa (CCR) limitado para novos projetos”, explicam Araújo e Frazão.

O banco também recomendou a compra dos papéis da Weg (WEGE3) por acreditar que as vantagens competitivas devem continuar impulsionando o crescimento da companhia. Nesta segunda-feira (12), o papel da empresa ganhava 4% e figurava entre as maiores altas do pregão.

Ponta negativa da Bolsa

Na parte vermelha do Ibovespa, Assaí (ASAI3) recuava 1,91%, Prio (PRIO3), antiga Petrorio, desvalorizava 0,90% e SLC Agrícola (SCLE3), apontava em 1,44% para baixo.

Depois delas, a CCR (CCRO3) recuava 0,69%, também refletindo o relatório do BofA. Ao contrário da posição que o banco tem em relação à Ecorodovias, o papel da CCR é visto como underperform (equivalente à venda), ou seja, abaixo do esperado.

O banco americano enxerga riscos negativos para o papel, que pode ser influenciado pelas taxas de juros acima do esperado e prejudicar um possível financiamento, bem como uma desaceleração do crescimento econômico brasileiro. O BofA alerta ainda para riscos de congelamento de tarifas de pedágio.

Mercados externos em alta

Lá fora, as bolsas operam no positivo nesta segunda, no aguardo dos dados de inflação ao consumidor nos Estados Unidos, que serão divulgados nesta terça-feira (13).

O consenso dos analistas aponta para uma queda no acumulado de 12 meses da inflação de 8,5% em julho para 8% em agosto. “Caso ocorra uma surpresa positiva e os dados venham abaixo do esperado, o apetite por risco do mercado poderá ser retomado e a narrativa de um Federal Reserve (banco central americano) mais contracionista poderá perder força”, avalia a XP, em relatório matinal.

Enquanto isso, em Wall Street, o Dow Jones ganhava 0,76% e o S&P 500 e o Nasdaq valorizavam 1%.

Na Europa, já perto do fechamento dos mercados, o Euro Stoxx 50 ganhava 1,78%, o DAX 30 subia 2,40% e o FTSE 100 apontava em 1,71% para cima.

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