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Boletim Focus: Mercado reduz previsão para inflação em 2022 e eleva a de PIB para 2023

Especialistas voltam a cortar expectativa para o IPCA neste ano, a 5,71%

Foto: Shutterstock

Analistas do mercado financeiro ouvidos todas as semanas pelo Banco Central voltaram a reduzir a expetativa para a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2022, segundo dados do Boletim Focus divulgados nesta segunda-feira (10). Agora, o mercado estima que o indicador encerre o ano a 5,71%, ante 5,74% na semana passada.

Esta foi a 15ª semana seguida de retração nas expectativas sobre a alta de preços. Apesar das sequentes revisões para baixo, a projeção ainda está acima do teto da meta de inflação do Banco Central, de 5% ao ano em 2022.

Para o ano que vem, as projeções de inflação ficaram congeladas em 5%, enquanto para 2024 a estimativa teve leve queda para 3,47%, ante 3,50% na edição da semana passada.

Os analistas do mercado também revisaram para cima a projeção para o desempenho do PIB (Produto Interno Bruto) em 2023, para avanço de 0,54%, levemente acima de 0,53% estimado na edição anterior do Boletim Focus. Para este ano, a expectativa se manteve em 2,70%, enquanto em 2024 é esperada alta de 1,70%.

As estimativas para a Selic foram mantidas pelos três anos cobertos pelo Focus, enquanto as previsões para câmbio ficaram congeladas para 2022 e 2023. Para 2024, os analistas revisaram levemente para cima, passando para R$ 5,11, ante R$ 5,10 na semana passada.

O que é a pesquisa Focus?

O Boletim Focus é uma publicação divulgada todas as segundas-feiras pelo Banco Central às 8h25, contendo um resumo das expectativas de mercado a respeito dos principais indicadores da economia brasileira, como taxa de juros básica, inflação, câmbio e juros.

O relatório apresenta resultados de uma pesquisa feita diariamente com as previsões de bancos, gestoras de recursos e corretoras, entre outros participantes do mercado, e faz parte do arcabouço da política monetária. O objetivo é monitorar a evolução das expectativas do mercado para as principais variáveis macroeconômicas, dando assim elementos ao Banco Central para decidir sobre a taxa básica da economia, a Selic.

O levantamento foi criado em 1999 como parte da transição brasileira para o regime de metas de inflação, no qual o BC se compromete a atuar para garantir que a variação de preços medida pelo IPCA esteja em linha com um objetivo pré-estabelecido.

Um dos propósitos do BC é exatamente ancorar (ou guiar) as expectativas do mercado financeiro. A razão para isso é que, quanto mais previsíveis forem as condições macroeconômicas de um país, menores tendem a ser as contrapartidas pedidas pelos investidores.

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