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BofA recomenda comprar ações do Brasil para lucrar com entrada de “gringos” no mercado

Bancos devem ser os mais beneficiados pelo fluxo de capital estrangeiro

Foto: Tânia Rêgo / Agência Brasil

O Bank of America (BofA) está otimista com as ações do Brasil e elevou a recomendação dos papéis daqui de neutra para compra no portfólio da América Latina, afirmando que, apesar de todos os potenciais obstáculos à economia do país – entre eles os juros altos, a chance de desaceleração do crescimento da China e as eleições presidenciais -, a entrada de investidores estrangeiros no mercado em busca de pechinchas pode valorizar os ativos.

O BofA vê um espaço de crescimento para diversos setores da B3. A preferência dos analistas é por ações cujos indicadores de mercado mostrem que elas operam a preços descontados e de empresas com boa geração de caixa.

“Na nossa carteira vemos escopo para previsões inspiradoras para 2022 (grandes bancos privados são nossa maior recomendação de compra), crescimento nos lucros (proteínas), múltiplos baratos (seguradoras, petróleo, alumínio, e também elevamos a recomendação da Vale para neutra, apesar de continuarmos preferindo siderúrgicas), e surpresas positivas nos balanços (consumo de alta renda)”, disse o banco em relatório.

Na carteira do BofA para empresas da América Latina, a ação com maior peso é a da Vale (VALE3), com 12,0%. Petrobras (PETR4) aparece em seguida, com 9%, acompanhada por Itaú Unibanco (ITUB4) e Bradesco (BBDC4), com 8%.

Na comparação com a carteira usada como referência de mercado pelo BofA, a do índice MSCI de Mercados Emergentes da América Latina, a Vale e a Petrobras aparecem com 0,3 ponto porcentual (pp) e 0,2 p.p. a menos de participação. Itaú Unibanco e Bradesco, por sua vez, estão com fatias 3,9 p.p. e 3,5 p.p. maiores, respectivamente.

Outras ações do Brasil que aparecem na carteira de América Latina são WEG (WEGE3), JBS (JBSS3), BB Seguridade (BBSE3), B3 (B3SA3), Lojas Renner (LREN3), Vibra (VBBR3), Pagseguro (PAGS34), Hypera (HYPE3) e Raízen (RAIZ4).

O BofA ressaltou que vê alguns setores com olhos menos favoráveis, em particular aqueles que dependem do crescimento da economia dentro e fora do Brasil para apresentarem um bom desempenho, como pagadoras de dividendos, mineradoras e empresas de papel e celulose.

“Apesar do fim de alta de juros localmente, o crescimento ainda está sendo desfavorecido globalmente, com expectativas de que o Fed aumente os juros à frente”, disse o BofA no relatório, referindo-se ao Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos. “Muitas das ações locais de comércio elétrico também enfrentarão custos mais altos com juros, e a queda na renda disponível para o consumidor de baixa renda ainda é um problema”, acrescentou.

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