O otimismo dos gestores com o desempenho da Bolsa brasileira neste ano aumentou: 40% dos entrevistados pelo BofA (Bank of America) veem o Ibovespa acima de 130 mil pontos neste ano, segundo pesquisa divulgada pelo banco nesta terça-feira (12).
Na edição anterior, referente a fevereiro, este percentual era de 19%. O BofA ouviu 31 gestores, responsáveis por administrar US$ 60 bilhões em ativos na América Latina.
O banco elevou a projeção para o principal índice da Bolsa para 135 mil pontos no fim deste ano, ante 125 mil pontos da projeção anterior em função da alta dos preços das commodities e da revisão das estimativas de lucros para os bancos. Isso implicaria em uma valorização de 10,88% em relação ao patamar atual, de 117.239 pontos.
Apesar dos preços descontados das ações de empresas de crescimento, que foram mais impactadas pela alta de juros por demandarem mais investimentos, apenas 6% dos entrevistados veem chance desses papéis terem uma recuperação da performance nos próximos seis meses.
A maioria dos gestores continua preferindo papéis de empresas de commodities e de valor, que são mais maduras e geradoras de caixa.
A maior parte dos participantes está com posição acima da média do mercado (overweight) em ações de energia e materiais básicos, com ligeiro aumento em consumo discricionário e redução nos papéis do setor financeiro.
Os gestores continuam esperam que os estímulos da China devem continuar beneficiando esses papéis.
Apesar de enxergarem potencial de alta no Ibovespa, 48% dos participantes afirmaram que buscam proteger o portfólio, contra 54% da pesquisa anterior.
Gestores estão mais otimistas com o real
O percentual de participantes que espera uma taxa de câmbio abaixo de R$ 4,80 no fim do ano passou para 68%, ante 23% da pesquisa no mês anterior. O dólar negociava a R$ 4,692 nesta terça-feira.
Já em relação à taxa Selic, 65% veem a taxa básica de juros entre 12% e 12,75% no fim do ano.
A maioria dos gestores espera um crescimento entre 0% e 1% da economia brasileira neste ano.