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Boa Safra (SOJA3) quer diminuir sazonalidade de resultados com aquisições

Na TradeLive desta semana, o CFO da empresa explicou como a companhia está fazendo para diversificar os negócios

Foto: Shutterstock

Mesmo após a queda de quase 20% das ações desde a abertura de capital, em abril do ano passado, a Boa Safra (SOJA3) não abre mão do projeto de crescimento proposto no IPO.

A companhia ainda enxerga alta possibilidade de crescimento num mercado ainda pouco desenvolvido no Brasil. A Boa Safra é a líder do segmento com 6,1% de market share, e já é a maior empresa do setor.

Nos mercados desenvolvidos, como Estados Unidos e Europa, as três maiores empresas do segmento dominam cerca de 60% de todo o mercado. Embora ainda seja tradicional, o agronegócio, que representa quase 30% da economia, tem se reinventado, e nessa lacuna que a Boa Safra quer crescer.

Focada na produção de sementes de soja certificadas em parceria com as maiores detentoras de tecnologia do mundo, a empresa tem um modelo asset light que atua junto com produtores integrados para aumentar a produtividade dos clientes. 

Inevitavelmente, a empresa permanece ligada ao risco da commodity da soja, principalmente em relação a preços, oferta e demanda pela matéria-prima.

Além disso, o negócio da companhia tem características sazonais muito fortes, com os dois primeiros trimestres do ano fracos em faturamento, mas grande em volume de vendas e término de colheitas. Nos dois trimestres seguintes, o oposto.

Para diminuir a sazonalidade e volatilidade dos resultados, a companhia já está diversificando seus negócios, ao entrar no segmento do milho. No mês passado, a Boa Safra comprou a Bestway Seeds.

“Começamos a diversificar agora, tanto em produto como em modelo de negócio, procurando suavizar a sazonalidade do nosso negócio”, afirmou Felipe Marques, CFO da Boa Safra, na TradeLive desta semana. “A produção de milho cresce ainda mais do que a soja no Brasil.”

As perspectivas mostram-se boas, já que o Brasil é o maior produtor de soja do mundo. O setor de insumos cresceu em média 8,1% ao ano, de 2010 até 2019, segundo o Cepea/Esalq.

Por mais que a alavancagem financeira da Boa Safra esteja ligeiramente acima do que a companhia entende como bom, 2,6 vezes contra 2 vezes, há a visão de aceleração da estratégia de crescimento inorgânico para poder gerar valor aos acionistas.

No fim das contas, o objetivo é aumentar o nível de produtividade do agro com o avanço tecnológico. Na TradeLive desta semana, o CFO da Boa Safra contou quais são os planos da empresa, além de informações sobre dividendos, estrutura de capital e crescimento. Confira!

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