Após dois dias de fortes altas, impulsionadas pela quebra do embargo à carne brasileira pela China, os ventos mudaram e a JBS fechou o pregão desta quinta-feira, dia 16, em baixa de 1,39%, cotada a R$ 37,66.
A queda foi motivada pela venda, pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), de cerca 70 milhões de ações da companhia nesta quinta. Segundo o site Brazil Journal, o montante corresponde a 12% da participação do banco na companhia e foi vendido por R$ 2,66 bilhões. Trata-se do início do processo de desinvestimento do BNDES na JBS.
Apesar desse cenário, a XP Investimentos mantém, em relatório publicado nesta quinta, sua visão positiva para a ação, que é, inclusive, sua preferida no setor. A corretora recomenda compra para o papel, com preço-alvo de R$ 51,80.
Os principais fatores por trás da recomendação são a diversificação geográfica e entre proteínas.
Em sua tese, a XP menciona ainda os fortes resultados reportados pela empresa nos últimos trimestres, apesar dos desafios impostos pela pandemia de Covid-19. Os números robustos, segundo a corretora, deveram-se a uma performance acima da esperada no mercado americano.
Em termos setoriais, a XP está otimista com os frigoríficos de maneira geral, acreditando que “a acomodação das margens esperada no mercado americano em 2022 deve ser parcialmente compensada pela melhora nas condições no Brasil”.
A retomada das importações pela China também devem favorecer o setor, diz a XP.