A rede de varejo farmacêutico Pague Menos (PGMN3) comprou por R$ 600 milhões a concorrente Extrafarma, do conglomerado Ultrapar (UGPA3), na noite de segunda-feira, 17, de acordo com informações da agência de notícias Reuters.
Com isso, a Pague Menos sobe um posto no pódio de varejistas de drogarias do país, para o segundo lugar, atrás somente do grupo Raia-Drogasil (RADL3).
A Extrafarma possui cerca de 402 lojas, com presença forte nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, de modo que, com a aquisição, a Pague Menos aumentará seu número de lojas para 1.503 unidades e reforçará sua posição nos estados em que está menos presente.
O negócio deve criar sinergias entre 150 milhões e 250 milhões de reais nos próximos 3 anos para o Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da Pague Menos, principalmente pelo potencial aumento de vendas da Extrafarma, acrescentou uma das fontes ouvida pela Reuters.
Esta é a primeira aquisição da Pague Menos desde seu IPO na B3 em agosto do ano passado. Somente neste ano, suas ações subiram 19%, com uma performance acima do Ibovespa.
Outras informações da compra
A Pague Menos, que tem como investidor a gestora de private equity General Atlantic, pagará 300 milhões de reais pela Ultrapar quando o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) der o sinal verde ao negócio.
O restante do valor, que foi avaliado em R$ 700 milhões, considerando a dívida e o caixa da Extrafarma, serão pagos nos próximos dois anos, em duas parcelas iguais.
A Ultrapar decidiu vender a Extrafarma em meio a uma grande reorganização de seu portfólio, com o objetivo de se concentrar no setor de óleo e gás. O grupo está em negociações exclusivas com a Petrobras para a aquisição da refinaria Regap, localizada no Rio Grande do Sul.
Atualização da Ultrapar
“A respeito das notícias veiculadas na mídia na data de hoje, a Ultrapar informa que está em negociação com a Pague Menos para a potencial venda de sua subsidiária Extrafarma”, informou em fato relevante.
A empresa ressalta, contudo, que até o momento não há contrato vinculante celebrado, assim como não há garantia sobre sua potencial efetivação.