As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em alta nesta quinta-feira, 15, com exceção do Japão.
Os investidores avaliaram a desaceleração do crescimento econômico chinês e a confirmação de que o Fed irá prosseguir com sua política mais dovish.
O Produto Interno Bruto (PIB) da China registrou alta anual de 7,9% no segundo trimestre de 2021, segundo dados publicados na noite de quarta-feira (14), pelo Escritório Nacional de Estatísticas (NBS, na sigla em inglês).
O resultado veio um pouco abaixo da projeção da Refinitiv, de alta de 8,1%. O crescimento desacelerou de forma significativa ante o recorde de 18,3% no primeiro trimestre, quando a taxa anual foi fortemente afetada pela queda provocada pela Covid-19 no primeiro trimestre de 2020.
Além do PIB, outros indicadores sobre a economia do país asiático também foram divulgados.
As vendas no varejo chinês registraram alta anual de 12,1% no mês passado, superando a expectativa do mercado, que projetava avanço de 11%. Na comparação mensal, o indicador mostrou variação positiva de 0,7%.
Enquanto isso, a produção industrial do país registrou aumento anual de 8,3% em junho. A taxa de expansão representa uma desaceleração ante os 8,8% registrados em maio, na mesma base de comparação. Contudo, o número veio acima das projeções da Refinitiv, cujos consensos eram de avanço de 7,8%. Na comparação mensal, o indicador subiu 0,56%, após 0,52% em maio.
Já as bolsas europeias e os futuros americanos operam de forma mista, com os investidores aguardando pela divulgação dos pedidos de auxílio-desemprego e da produção industrial americana, além do discurso do presidente do Fed, Jerome Powell, no Senado.
O mercado ainda aguarda os resultados das empresas de UnitedHealth, antes da abertura, Morgan Stanley (8h30) e Alcoa, após o fechamento do mercado.
Quando às commodities, os preços do petróleo caíram operando perto dos US$ 74 o barril, com a expectativa de uma expansão dos estoques de combustível dos EUA e um potencial acordo Opep+ para aumentar a oferta pela commodity.
No Brasil, a queda de arrecadação prevista com as mudanças no Imposto de Renda vai pressionar estados e municípios, que ficarão com a maior parte dessa conta.
O parecer do relator do projeto, deputado Celso Sabino (PSDB-PA), prevê uma diminuição total da carga de até R$ 30 bilhões, resultado de medidas como o corte da alíquota do IR das empresas de 15% para 2,5%.
A Comissão Mista de Orçamento (CMO) deverá votar a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2022 na manhã desta quinta. Com aprovação preliminar na última segunda, o relator deputado Juscelino Filho (DEM-MA), considera, entre os parâmetros econômicos, um déficit de R$ 170,47 para os Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social da União (Governo Central).
Por aqui, a agenda de indicadores segue esvaziada, portanto os investidores deverão continuar acompanhando o desenrolar da CPI da Covid, que hoje, ouvirá o procurador da empresa Davati Medical Supply no Brasil, Cristiano Carvalho.
A Davati é outra intermediadora da compra de vacinas pelo Ministério da Saúde.
Além disso, hoje tem a estreia de mais uma empresa na B3, a Companhia Brasileira de Alumínio (CBAV3). Acompanhe a cotação em tempo real no TradeMap.
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