A holding de investimentos do banco Itaú, Itaúsa (ITSA3; ITSA4), registrou lucro líquido recorrente de R$ 2,41 bilhões no primeiro trimestre de 2021, de acordo com balanço financeiro divulgado na segunda-feira, após o pregão.
O valor representa uma alta de 123,4% em relação ao primeiro trimestre de 2020, quando o lucro da holding foi de R$ 1,07 bilhão. Com isso, o lucro por ação entre janeiro e março foi de R$ 0,29 frente R$ 0,13 de um anos atrás.
Grande parte desse lucro se deve ao desempenho do seu principal ativo, o próprio Itaú Unibanco, que teve um lucro de R$ 6,4 bilhões no trimestre e representou 89% do resultado da Itaúsa no período.
Mas essa proporção deve mudar para os próximos trimestres, isso porque a holding está comprando participações em empresas não financeiras. Até o momento, seus principais ativos estão na Alpargatas (ALPA4), na Duratex (DTEX3), na Copagaz e na NTS.
No mês passado, a Itaúsa comprou 8,5% da empresa de saneamento Aegea por R$ 1,3 bilhão. Dias depois, a Aegea pagou R$ 15,4 bilhões e venceu a disputa pelos lotes 1 e 4 da companhia fluminense Cedae, em leilão na B3.
Enquanto isso, o retorno sobre o patrimônio (ROE) da holding ficou em 15,2% entre janeiro e março, uma alta de 7,7 p.p. na comparação com o mesmo período do ano anterior, quando estava em 7,6%.
Já o patrimônio líquido valia R$ 58,69 bilhões ao final de março, uma alta de 13% em um ano, enquanto o endividamento líquido também aumentou, e muito, 704,3% no mesmo período, para R$ 1,30 bilhão.