Depois de suspender sua oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), a Kora Saúde decidiu retomar o procedimento na Bolsa de Valores de São Paulo, a B3, de forma restrita – quando somente os investidores qualificados podem participar.
Segundo o documento oficial entregue à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a faixa estipulada pelos coordenadores da operação ficou entre R$ 7,20 e R$ 9,96.
Com isso, considerando o ponto médio da faixa indicativa, de R$ 8,58, e a quantidade inicial de 97,2 milhões de ativos ordinários, a oferta poderá movimentar R$ 834,1 milhões.
O procedimento de bookbuilding será finalizado na próxima quinta-feira, 11, e, com isso, a fixação do preço por papel. As ações serão negociadas no Novo Mercado da B3 a partir de sexta-feira, 13, sob o ticker KRSA3.
Os coordenadores do IPO são Itaú BBA (líder), Bradesco BBI, XP Investimentos, Santander Brasil, J.P. Morgan e Safra.
O que é bookbuilding e para que serve?
De um modo resumido, o bookbuilding é o processo utilizado para definir um preço justo para o IPO ou oferta subsequente de ações (follow on), que seja adequado à intenção de compra dos investidores.
Por isso, durante o processo, os coordenadores da oferta estudam e avaliam a demanda de seus ativos no mercado. Assim, eles conseguirão estimar o preço que poderá praticar e a quantidade de ações ou títulos que poderão ser oferecidos. Veja mais detalhes aqui.
Oferta restrita
A oferta restrita (Instrução nº 476/2009) é voltada exclusivamente para investidores profissionais. O IPO limita-se a 75 investidores, sendo que apenas 50 podem realizar o investimento.
Essa instrução é bem mais flexível em relação ao modelo mais convencional (400), uma vez que a CVM não exige registro no órgão nem análise prévia.
Foto: Kora Saúde/Divulgação