A companhia Iguá Saneamento (IGSN3) informou nesta quinta-feira (1), que desistiu novamente de sua oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês). Em fato relevante, a empresa não detalhou os motivos.
Vale lembrar que a companhia protocolou este pedido de IPO em dezembro do ano passado, pela terceira vez.
A empresa de saneamento pretendia abrir seu capital na Bolsa de Valores de São Paulo (B3) por meio de uma oferta primária, quando os recursos são direcionados ao caixa da companhia; e secundária, em que os acionistas vendem fatias de suas posições.
A Igua encerrou 2020 com prejuízo de R$ 4,7 milhões, queda de 110% na comparação com o saldo positivo de R$ 44,7 milhões em 2019.
Terceira tentativa
A companhia solicitou anteriormente o registro de IPO em agosto de 2019, porém interrompeu o processo alegando condições adversas do mercado.
Na época, um dos grandes entraves para a operação sair do papel foi a falta de consenso entre os investidores e a Iguá sobre o valor da companhia.
A empresa defendia uma avaliação superior ao de outras empresas de saneamento já listadas, como Sabesp (SBSP3), Sanepar (SAPR4) e Copasa (CSMG3).
De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, a Iguá queria se equiparar com outras companhias das áreas elétricas e de rodovias, visto que o contrato de concessão é semelhante.
Fundada em 2017, a companhia de saneamento opera em 18 cidades e cinco estados. São eles: São Paulo, Mato Grosso, Paraná, Santa Catarina e Alagoas.
Entre os acionistas com participação na empresa, destaca-se o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) por meio de seu braço de investimentos, o BNDESPar.