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Ibovespa fecha do zero a zero, crise hídrica, reforma tributária, denúncias no governo federal e o que mais saber hoje

Após passar o dia em queda, o Ibovespa conseguiu fechar o pregão de terça-feira, 29, próximo da estabilidade. Aos 127.327 pontos, o índice caiu 0,08%, com 60 das 84 ações em queda.  

Pesa sobre os investidores preocupações que não devem ser resolvidas em breve. A começar pela reforma tributária. 

Leia também: Entenda as propostas do governo para o Imposto de Renda em investimentos em renda fixa e variável

Embora a fala do presidente da Câmara, Arthur Lira, sobre reduzir para 15% a taxação de lucros e dividendos ter aliviado o mercado, o cenário ainda não é o ideal para quem se opõe a ideia.  

Enquanto o assunto não se resolver, a bolsa de valores deve continuar sofrendo, com destaque para os grandes bancos. Eles têm grande participação no índice e exercem forte pressão baixista. 

Ontem, ITUB4 caiu 0,82%; BBDC4, -0,42%; BBAS, menos 0,77%, mas a maior perda ficou para o Santander (SANB4), desvalorizou 1,29%.  

Daí vem o tópico seguinte: conta de luz. A iminente crise hídrica impactou o mercado que já prevê os efeitos de inflação da situação. 

Leia também: Conta de luz: Aneel aprova reajuste de 52% na bandeira vermelha patamar 2

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) definiu um reajuste na bandeira vermelha patamar 2, nesta terça. Era algo que não acontecia desde 2019.  

A alta será de 52%, elevando a taxa de R$ 6,243 para R$ 9,492 por 100 kWh. E não deve parar por aí.  

Em reunião extraordinária, ontem à noite, a Aneel decidiu abrir consulta pública para um novo aumento em agosto. Com isso, o valor poderá subir para até R$ 11,50 a cada 100 kWh. 

A medida já era esperada, porque o reajuste de 52% anunciado nesta terça não será suficiente. Os custos das termelétricas que serão acionadas para garantir o abastecimento de energia no país é muito maior. 

Os papéis das empresas ligadas ao setor acabaram em queda também. Destaque para a Eletrobras (ELET6), que perdeu 2,06% no pregão. A Neoenergia também fechou mal, -1,12% 

Para fechar os temas de mau humor do mercado financeiro, temos uma nova denúncia política no radar.  

A Folha de S. Paulo deu um furo de notícia na noite de ontem, informando que houve pedido de propina de US$ 1 por dose na compra de vacinas.  

A denúncia veio de um representante da empresa Davati Medical Supply, que afirmou ao jornal que a proposta partiu de Roberto Dias, diretor do Ministério da Saúde. 

Isso em meio a denúncia da Covaxin que passa por investigação na CPI da Covid. Com isso, Ricardo Barros, denunciado da Covaxin, já caiu. E agora, Roberto Dias foi expulso.  

Do lado de indicadores, o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), da FGV, desacelerou a alta em junho, para 0,60%, ante 4,10% em maio. 

Agenda Econômica 

Para esta quarta-feira, dia 30, teremos divulgação da Taxa de Desemprego (PNAD Contínua) e o Indicador de Incerteza da Economia brasileira (IIE-Br).  

Investidores devem repercutir a nova denúncia contra o Governo Federal e continuarem atentos à CPI da Covid e informações sobre a crise hídrica no país.  

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