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Embraer tem prejuízo líquido de R$ 489,8 mi no 1º trimestre

O valor representa uma queda de 62% em relação ao prejuízo de R$ 1,27 bilhão de um ano antes.

Embraer registra prejuízo líquido no primeiro trimestre de 2021, 62% menor do que o mesmo período de 2020.

A Embraer (EMBR3) registrou um prejuízo líquido de R$ 489,8 milhões no primeiro trimestre de 2021, de acordo com relatório divulgado na quarta-feira, 28. O valor representa uma queda de 62% em relação ao prejuízo apresentado no mesmo período do ano passado, quando foi R$ 1,276 bilhão. 

Já o prejuízo líquido ajustado, que exclui efeitos de Imposto de Renda e contribuição social, foi R$ 522,9 milhões, superior ao valor registrado entre janeiro e março de 2020 (R$ 433,6 milhões). 

De acordo com a empresa, os resultados deste primeiro semestre repondem às demandas excepcionais da melhora da pandemia ao redor do mundo, principalmente nos Estados Unidos. 

“Com algumas regiões do mundo, principalmente os Estados Unidos, apresentando crescimento da vacinação e do tráfego aéreo nos mercados de aviação comercial e executiva, a companhia está cautelosamente otimista para uma cadência trimestral de entregas mais equilibrada em 2021 em comparação a 2020”, diz trecho do relatório.

Com isso, a receita líquida da Embraer apresentou aumento de 55% neste trimestre. Foi de R$ 2,87 bilhões no mesmo período de 2020 para R$ 4,45 bilhões em 2021. Os segmentos que puxaram esse crescimento foram aviação comercial (+145%); defesa & segurança (+51%); aviação executiva (+38%) e serviços e suporte (+17%) na comparação anual. 

Já o Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) também cresceu. Foram R$ 82,1 milhões obtidos, com uma margem de 1,8%. Os números são melhores do que os R$ 47,6 milhões, com margem de 1,7% do primeiro trimestre do ano passado. 

Em termos ajustados, o resultado do Ebitda muda de figura. O valor ficou em R$ 101,3 milhões, menos que os R$ 319,3 milhões do ano anterior. E a margem foi de 2,3% em 2021, ante 11,1% de um ano antes. 

Outros números 

A dívida líquida da fabricante de aviões estava em R$ 10,84 bilhões ao final do mês de março. Um ano antes, o valor estava em  R$ 6,93 bilhões e em dezembro, R$ 8,81 bilhões

De acordo com a Embraer, foi necessário o uso do caixa livre durante este primeiro trimestre, o que levou ao aumento da dívida. Com isso, a posição de liquidez da empresa está em R$ 14,03 bilhões, contra os R$ 12,99 bilhões de um ano antes e os R$ 14,30 bilhões do trimestre imediatamente anterior.

O caixa líquido de investimentos ajustado (ajustado por impactos não recorrentes) foi de R$ 974 milhões entre janeiro e março, ante R$ 2,51 bilhões na comparação anual. Já o uso livre ajustado foi de R$ 1,21 bilhão, ante R$ 2,90 bilhões de um ano antes. 

A Embraer afirma que isso se deve, em grande parte, pelo investimento menor em capital de giro no trimestre, principalmente em estoques, além de menores adições líquidas ao imobilizado.

2022 já está garantido? 

Em seu balanço, a Embraer também divulgou que no último dia 23 de abril assinou um pedido firme de 30 jatos do modelo E195-E2, com um cliente não divulgado. As 30 aeronaves entrarão na carteira de pedidos do segundo trimestre deste ano e as entregas ficarão para 2022. 

Entre janeiro e março a fabricante despachou cinco aviões deste modelo do seu pátio, contra apenas um no primeiro trimestre do ano passado e seis no quarto trimestre de 2020. 

A empresa também fala que, “devido à incerteza contínua relacionada à pandemia da Covid-19 e seus impactos na indústria, a Embraer decidiu por não publicar, nesse momento, suas estimativas financeiras e de entregas para 2021

Foto: Embraer/ Divulgação 

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