Em dia de cautela, bolsas externas seguem no campo negativo; investidores aguardam pelo discurso do presidente do Fed

Nesta terça-feira, 17, o dia parece ser de cautela para as bolsas internacionais. Na Ásia, o mercado fechou em baixa, refletindo a preocupação mundial com os eventos no Afeganistão, somado à atenção com o impacto da variante delta no crescimento global e às restrições chinesas a alguns setores.

Novamente as empresas do setor de serviços e varejo fecharam em queda com o receio de um menor crescimento econômico juntamente com a forte queda de empresas de tecnologia na China devido às intervenções de reguladores chineses para proibir a concorrência.

No mesmo caminho, as bolsas europeias operam no campo negativo, refletindo as preocupações com o escalonamento do aumento da pandemia e as tensões no Afeganistão.

Por lá, o PIB da zona do euro mostrou crescimento de 2% no segundo trimestre, de acordo com dados publicados nesta terça pela agência de estatísticas da União Europeia.

O avanço vem após dois trimestres de queda do PIB, com a economia da zona do euro encolhendo 0,6% no último trimestre de 2020 e 0,3% entre janeiro e março deste ano.

Os futuros americanos também caem com os investidores à espera pelo discurso do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, às 14h30 (horário de Brasília). Ele pode dar mais indícios dos próximos passos para a política monetária dos Estados Unidos, já que os representantes divergem quanto aos estímulos econômicos.

Nos EUA, ainda serão divulgados os indicadores de vendas do varejo, da produção industrial e da confiança do construtor.

Já por aqui, teremos a repercussão dos últimos resultados divulgados no final do pregão de ontem (16) e do IGP-10 de agosto, que ficou em 1,18%, ante alta de 0,18% em junho, de acordo com os dados da FGV.

Vale destacar que o desenrolar no campo político seguirá no radar. Na parte da tarde, Campos Neto (presidente do Banco Central) fará um discurso em evento do Bradesco e deverá abordar a inflação e os riscos fiscais.

Enquanto isso, a Câmara dos Deputados deverá retornar a pauta do projeto que muda o Imposto de Renda, ainda sem acordo.

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