A maior corretora de criptomoedas dos Estados Unidos, a Coinbase Global, estreou nesta quarta-feira, 14, na Nasdaq, bolsa norte-americana, sob o ticker COIN.
A corretora não realizou uma Oferta Pública Inicial de Ações (IPO, na sigla em inglês), mas sim uma listagem direta para entrar no mercado, ou seja, nenhuma ação pôde ser vendida antes da abertura.
Na terça-feira, 13, a Coinbase estabeleceu como preço de referência para as ações o valor de US$ 250.
Entretanto, nenhuma negociação foi realizada em tal preço.
Na abertura, suas ações foram cotadas a US$ 381, uma valorização de 52% no preço dos papéis.
Estes valores levaram a corretora a ser avaliada em aproximadamente US$ 100 bilhões, incluindo opções de ações restritas e ações não adquiridas, ultrapassando a expectativa inicial de US$ 77 bilhões.
Durante o dia, as ações atingiram a máxima de US$ 429,26, um incremento de 71% sobre o valor de referência definido.
Ao final do pregão, foram cotadas a US$ 333,34, alta de 33,34%.
O Bitcoin também reagiu ao otimismo da estreia da corretora e bateu novo recorde histórico, alcançando os US$ 64.841.
“Quando o preço do bitcoin recuar é inevitável que a receita da Coinbase e o preço da ação vai cair também”, destacou Larry Cermak, diretor do site especializado em criptomoedas The Block.
Sobre a Coinbase Global
A Coinbase, fundada em 2012 por Brian Armstrong e Fred Ehrsam e com sede em São Francisco, é a primeira grande empresa a buscar simplificar a aquisição de bitcoins.
Atualmente, a companhia é a corretora de criptomoedas mais popular dos Estados Unidos, com mais de 56 milhões de clientes em 100 países diferentes e possui 11,3% de participação no mercado de criptomoedas.
Em sua última avaliação feita em 2018, o valor estimado pelos investidores foi de US$ 8 bilhões.
Para o primeiro trimestre de 2021, a empresa projeta um lucro líquido entre US$ 730 milhões e US$ 800 milhões, além de uma receita superior a US$ 1,8 bilhão.
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