À espera do payroll, bolsas mundiais abrem sem viés nesta sexta; por aqui, as mudanças no IR continuam no radar

Os mercados externos abrem o último dia da semana sem viés. No continente asiático, as bolsas fecharam de forma mista, reagindo à notícia de que o primeiro-ministro do Japão, Yoshihide Suga, deixará o cargo em breve e pelos dados fracos que acabaram de ser divulgados da atividade econômica chinesa.

O PMI de serviços da China caiu para 46,7 em agosto, ante 54,9 em julho, chegando ao menor nível desde a primeira onda da pandemia em abril de 2020. A marca de 50 separa crescimento de contração.

Além disso, as repressões regulatórias de Pequim em algumas empresas privadas continuam pressionando os mercados por lá.

Os futuros americanos operam sem sinal único nesta sexta-feira, 3, à espera da divulgação do payroll, que definirá as perspectivas para a política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos).

A expectativa do mercado é que a economia dos EUA tenha gerado em torno de 725 mil empregos em agosto.

Enquanto isso, na Europa, as bolsas seguem o mesmo caminho. A zona do euro e a Alemanha também apresentaram seus PMIs de serviço e o composto.

A atividade veio menor do que o esperado, mas ainda está bem acima da faixa que separa crescimento de contração. O índice de gerentes de compras composto da zona do euro, que engloba os setores industrial e de serviços, caiu de 60,2 em julho para 59 em agosto, segundo pesquisa final divulgada pela IHS Markit. O PMI de serviços da zona do euro recuou de 59,8 para 59.

Já na Alemanha, o PMI composto caiu do nível recorde de 62,4 em julho para 60 em agosto, atingindo o menor nível em três meses. O PMI de serviços diminuiu de 61,8 em julho para 60,8 em agosto.

Quanto às commodities, o petróleo tem leve alta com a manutenção dos estoques de petróleo por parte da Opep+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados), mas as atenções continuam no Golfo do México por conta dos impactos do furacão Ida. O minério de ferro também apresenta leve alta.

Agenda econômica

No Brasil, as mudanças introduzidas pela Câmara no Imposto de Renda ainda devem repercutir no mercado. Além desse fator, o cenário ainda complicado com a tensão político-institucional e a crise hídrica e seus potenciais reflexos na inflação podem continuar pressionando o principal índice da B3, o Ibovespa.

Na agenda econômica desta sexta, os investidores deverão acompanhar a divulgação dos PMIs composto e de serviços do Brasil, às 10h (horário de Brasília).

Já no mercado externo, as atenções estarão voltadas à divulgação do Relatório de Emprego (payroll), às 9h30, e dos PMIs de serviços e o composto dos Estados Unidos.