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BlackRock ignora crise de confiança e aumenta participação no IRB (IRBR3)

Gestora afirmou que decisão é "estritamente de investimento" e não visa a mudança no controle da empresa

Foto: Shutterstock

A despeito da recente crise de confiança do mercado em relação às ações da IRB Brasil (IRBR3), a BlackRock, uma das maiores gestoras de ativos do mundo, aumentou a participação na companhia para 123.771.309 ações ordinárias.

Com esse movimento, a gestora passa a ter 5,015% da resseguradora e 569.689 instrumentos financeiros derivativos referenciados em ações ordinárias com liquidação financeira, representando aproximadamente 0,023% do total de ações ordinárias emitidas pela IRB, segundo nota divulgada na quinta-feira (8).

Segundo a BlackRock, o aumento da fatia na resseguradora “é estritamente de investimento” e não visa a mudança no controle acionário ou na estrutura administrativa da empresa.

“Não foram celebrados, pela BlackRock, quaisquer contratos ou acordos que regulem o exercício de direito de voto ou a compra e venda de valores mobiliários emitidos pela companhia”, informou.

O avanço da BlackRock não é um movimento isolado do mercado com a mudança de percepção do futuro do IRB. Ontem, o BTG Pactual passou a considerar a empresa “investível” novamente, apesar de alertar que esse não é o melhor momento para tanto.

“’Investível’? Sim. Investiríamos agora? Não!”, escrevem os analistas, que mantiveram a recomendação neutra para o papel, com preço-alvo de R$ 1,30, o que corresponde a alta de 9,2% em relação ao valor da ação no fechamento da terça-feira (6), de R$ 1,19.

Em relatório também publicado na quinta, o banco de investimento justificou a mudança de posição pela oferta subsequente de ações (follow-on) de R$ 1,2 bilhão realizado pelo IRB no início de setembro, visto como um passo-chave para que a companhia regularize seus indicadores de solvência.

O IRB havia reportado números abaixo do exigido pelo órgão que regula o setor, a Susep (Superintendência de Seguros Privados), em relação a cobertura de provisões técnicas e suficiência de patrimônio líquido ajustado.

Esses dois indicadores são importantes porque mostram o quanto a companhia está preparada, em termos de caixa, para dar conta de eventuais sinistros acionados pelos clientes.

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