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BB vê cenário desafiador em 2023, mas acredita que dois setores podem se sobressair – veja quais

Para os analistas do BB, os setores de commodities e bancos devem se dar melhor que os outros no próximo ano

Foto: Shutterstock/Immersion Imagery

Após um ano de 2022 extremamente volátil, o BB Investimentos acredita que o cenário para a renda variável no próximo ano será complexo. Mesmo com os preços relativamente baixos das ações no Brasil – que poderiam justificar um movimento de valorização futura -, a economia mundial traz bastante incerteza, diz a instituição.

Diante desse cenário, os analistas Victor Penna e Wesley Bernabé afirmam que, para as companhias listadas, o contexto segue desafiador para teses cíclicas, como empresas de varejo e consumo, enquanto commodities e bancos devem se sobressair.

Os riscos lá fora giram em torno do combate à inflação via alta de juros, o que pode levar a uma desaceleração mais profunda das economias, e no Brasil o que preocupa o mercado são os desdobramentos de medidas que podem piorar a dívida publica.

Mesmo com essas dúvidas para 2023, o banco projeta um preço-alvo de 133 mil pontos para o Ibovespa no fim do ano, com base nas expectativas de lucros das empresas via análise bottom-up –  que considera como premissa os fundamentos das empresas, em detrimento do cenário no qual a empresa está incluída.

“Estimativas de resultados das companhias que compõem o Ibovespa apontam maiores retornos oriundos dos segmentos ligados às commodities e ao mercado externo. Bancos e utilities oferecem relação risco-retorno satisfatória, em nossa visão”, explicam os analistas.

Em relação aos setores, o BB destaca que o cenário de juros tende a arrefecer o crescimento do crédito e diminuir a qualidade da carteira, prejudicando os bancos, embora seja positiva a recomposição de spreads – a diferença entre o custo de captação e o quanto eles cobram nos empréstimos. Por outro lado, as seguradoras devem apresentar um ano de estabilidade.

Dentre os setores e as empresas de cobertura, o BB Investimentos mantém recomendação neutra para o setor de bancos, assim como para siderurgia, mineração, papel e celulose, alimentos e bebidas, açúcar e etanol, energia elétrica, saneamento e indústria e transportes, imobiliário e educação e saúde, já que os juros devem permanecer em patamar elevado, prejudicando os preços e os custos destas companhias.

Os setores com avaliação positiva são os de seguros, óleo e gás, agronegócios e alimentos (proteínas). “A expectativa de desaceleração econômica global, especialmente na China, traz incertezas com relação ao nível de demanda de materiais básicos no próximo ano, enquanto a indústria de óleo e gás pode seguir beneficiada pelos elevados preços de petróleo, com crescimento na produção e reduções nos custos de extração”, diz o BB.

Do lado negativo, quem deve sofrer mais são os setores de meios de pagamento, varejo e shoppings, devido à concentração de alguns negócios a à perspectiva de manutenção da taxa de juros em patamar elevado em 2023, impactando o poder de compra da população, pressionando a margem destas empresas.

“O ambiente global traz uma série de desafios para 2023, herdados de 2022, com o nível de escalada dos juros e da consequente desaceleração global no cerne da questão. No Brasil, ativos respondem aos ajustes nos prêmios de risco”, alertam os analistas.

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