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BB-BI corta preço-alvo de ações da Via (VIIA3) em 73%

Banco passou a indicar posição neutra para ação; recomendação anterior era de compra

Foto: Divulgação

O braço de investimentos do Banco do Brasil (BB-BI) cortou o preço-alvo das ações da Via (VIIA3) em 73%, de R$ 20 para R$ 5,40, e rebaixou de “compra” para “neutra” a recomendação do papel. As informações são de relatório publicado na última segunda-feira (14).

A revisão levou em conta os resultados apresentados pela companhia na segunda metade de 2021 e novas premissas macroeconômicas adotadas pelo BB-BI – que incluem maior inflação e juros do se previa anteriormente. Estes fatores têm impacto negativo sobre a venda de bens duráveis, na visão do banco. Assim, as expectativas para recuperação das vendas em 2022 são negativas.

“De fato, o cenário brasileiro para a venda de bens duráveis em 2022 é negativo, o que pode afetar a rentabilidade e a performance da companhia no curto prazo”, diz o banco em relatório.

Em suma, o BB-BI espera um crescimento mais fraco de lojas físicas e dos canais digitais da Via, consequência do cenário macro e de um acirramento na concorrência no marketplace; e uma redução nas margens operacionais, devido ao menor crescimento de receita e a maiores despesas após a revisão da política de provisões para processos trabalhistas.

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Apesar disso, o banco vê com bons olhos o avanço do plano estratégico da Via, com a implementação de novas ações para oferecer entretenimento, streaming e conteúdos que estimulam a recorrência; o lançamento do programa de fidelidade VIP Casas Bahia; a aquisição da logtech CNT para reforçar a operação logística; e o início da oferta de empréstimo pessoal do banQi.

Os analistas apontam que a capacidade de a companhia entregar melhores resultados nos próximos trimestres pode destravar valor para a ação, mas que isso será difícil diante do atual cenário macroeconômico.

Na outra ponta, os principais riscos para a performance da ação são o impacto de investimentos maiores do que o esperado em aquisição de clientes e no desenvolvimento da omnicanalidade; uma incapacidade em atrair e reter os melhores vendedores no marketplace; dificuldades em escalar e rentabilizar a solução financeira e as novas soluções logísticas; e um aumento acima do esperado das provisões.

De uma maneira geral, o mercado parece compartilhar a visão não tão otimista do BB-BI sobre as ações da Via. De acordo com dados da Refinitiv disponíveis na plataforma TradeMap, apenas uma das 14 casas de análise consultadas recomenda a compra do papel, enquanto quatro recomendam venda e nove indicam a manutenção do ativo na carteira.

A mediana dos preços-alvo dos analistas é de R$ 7, o que representa alta de 122% em relação ao valor do fechamento da última segunda-feira (14), de R$ 3,16. O preço-alvo do atribuído pelo Banco do Brasil às ações da VIA corresponde a um potencial de alta de 71%.

Análise de mercado sobre as ações da Via
Fonte: TradeMap

Por volta das 15h30 desta terça-feira (15), a ação era negociada em alta de 1,58%, a R$ 3,21.

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