O presidente do Banco do Brasil (BBAS3), Fausto de Andrade Ribeiro, afirmou nesta terça-feira (9) que é possível ter o dobro de efetividade na oferta de produtos quando se tem acesso aos dados dos clientes em outras instituições financeiras – um mundo que se abriu com a implementação do chamado open finance, uma nova regulação criada pelo Banco Central (BC) que define regras para o compartilhamento de dados dos brasileiros entre as instituições financeiras.
“Para 90% dos clientes que concordaram em compartilhar dados conosco, conseguimos construir soluções personalizadas”, disse o executivo. “O índice de efetividade da oferta foi o dobro daquelas que eram feitas às cegas, anteriormente, por mensagem, por e-mail etc.”
A declaração foi dada pelo executivo durante participação em painel do Febraban Tech, evento de tecnologia para o setor bancário que ocorre em São Paulo.
Também nesta terça, o Banco do Brasil tornou-se o primeiro banco a permitir a adesão ao open finance por meio do WhatsApp. Os clientes, com isso, podem concordar com o compartilhamento de dados por meio do aplicativo de mensagens.
No Open Finance, um cliente pode permitir que o seu banco tenha acesso ao seu histórico de transações em uma outra instituição financeira ou de pagamentos.
Um cliente que tem conta corrente em um banco, mas usa o cartão de crédito de uma outra companhia, por exemplo, pode liberar o seu banco a ver seu histórico de compras com o cartão da outra companhia. Assim, o banco consegue conhecer o comportamento financeiro do cliente com mais precisão e fazer uma oferta de crédito mais assertiva, com menor risco de inadimplência.
“O desafio é fazer isso em escala”, disse o presidente do Banco do Brasil.
O executivo também falou sobre a plataforma de marketplace que foi lançada pelo banco, que permite que os clientes da instituição façam compras de varejistas sem sair do aplicativo do banco.
“Isso traz outras fontes de receita”, disse Ribeiro, que contou que o marketplace do BB, com menos de um ano de lançamento, já tem 27 parceiros. “Já vendemos R$ 430 milhões em valores absolutos desses parceiros e isso gera uma receita para os bancos de 9% a 10%. É uma receita alternativa e impensável pouco tempo atrás.”
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