Em dia de agenda esvaziada, os investidores acompanham nesta quarta-feira (8) as discussões entre governo federal e Estados em torno do pacote para zerar o ICMS do diesel e do gás de cozinha.
A expectativa é que sejam apresentadas as linhas gerais da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) proposta pelo governo Bolsonaro na segunda-feira (6), que determina o ressarcimento do governo federal aos Estados que zerarem a cobrança do imposto sobre diesel e gás de cozinha.
Apesar do custo elevado dessa compensação, o valor é pequeno frente à perda de arrecadação dos entes da federação com a medida. De acordo com reportagem do jornal O Estado de São Paulo, Estados e municípios calculam que deixarão de arrecadar R$ 115 bilhões se o pacote for para a frente.
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O governo e a Câmara, entretanto, estão determinados a aprovar o pacote. As lideranças do Centrão, de acordo com o jornal, tem como estratégia expor os governadores publicamente os governadores que se recusarem a zerar o diesel – a alta dos combustíveis é considerada a principal pedra no sapato da reeleição de Jair Bolsonaro.
Ontem o presidente da Câmara, Arthur Lira, pautou e os deputados aprovaram um projeto que prevê regras de transparência para a composição de preços de combustíveis pela Petrobras (PETR3, PETR4).
Bolsas internacionais
Os índices futuros americanos operam no vermelho nesta manhã, em meio às preocupações dos investidores com o futuro da política monetária americana, com dúvidas crescentes sobre o ritmo de alta nos juros dos EUA.
Por volta das 8h10, o Dow Jones caía 0,43%, o S&P 500 recuava 0,35% e o Nasdaq estava em queda de 0,20%. No mesmo horário, o Euro Stoxx 500 perdia 0,24%.