O Banco do Brasil encerrou o último trimestre do ano passado com lucro líquido ajustado de R$ 5,9 bilhões, alta de 60,5% em relação a igual período do ano anterior, mostra balanço divulgado na noite desta segunda-feira (14) pela companhia.
Em relação ao terceiro trimestre, houve avanço de 15,4%.
Com isso, a instituição financeira teve, em todo o ano de 2021, lucro líquido ajustado de R$ 21 bilhões, expansão de 51,4% em comparação a 2020 e um resultado anual recorde.
“Construímos o resultado histórico do ano passado a partir da busca por maior rentabilidade, da gestão da qualidade da carteira de crédito e do controle permanente de despesas”, afirmou o presidente do BB, Fausto Ribeiro, em nota à imprensa.
Para 2022, o banco estima um lucro líquido ajustado ainda maior, de algo entre R$ 23 bilhões e R$ 26 bilhões.
A carteira de crédito ampliada do banco, por sua vez, terminou o ano passado com R$ 874,9 bilhões, crescimento de 17,8% sobre o que havia no final de 2020. Em relação ao nível de setembro, houve alta de 7,4%.
Para 2022, o banco espera uma expansão entre 8% e 12% da carteira de crédito.
Enquanto isso, a taxa de inadimplência caiu para 1,75% no quarto trimestre do ano passado, contra 1,82% no terceiro trimestre. No quarto trimestre do ano anterior, estava em 1,90%.
No BB, os recursos destinados a cobrir possíveis calotes, chamados pelos bancos de provisões para devedores duvidosos (PDD), alcançaram R$ 3,79 bilhões no quarto trimestre, baixa de 26,5% em relação ao quarto trimestre de 2020 e queda de 3,4% em comparação ao terceiro trimestre.
Em 2021, foram R$ 13,1 bilhões em PDD, queda de 40,2% em relação a 2020. Para 2022, o banco espera um volume de provisões de R$ 13 bilhões a R$ 16 bilhões.
“Crescemos a nossa carteira de crédito com assertividade nas originações, o que nos permitiu menor despesas de provisão. Essa equação fez com que alcançássemos o menor risco médio do mercado”, disse Ribeiro.
A margem financeira bruta atingiu R$ 14,8 bilhões no quarto trimestre, alta de 4,5% em relação a igual trimestre do ano passado, mas queda de 5,4% ante o terceiro trimestre.
Em todo o ano de 2021, o banco somou R$ 59,3 bilhões em margem financeira bruta, crescimento de 4,9% em comparação a 2020. Para 2022, o BB projeta avanço de 11% a 15%.
O retorno sobre patrimônio líquido (ROE, na sigla em inglês) anualizado do Banco do Brasil ficou em 16,6% no quarto trimestre de 2021, acima dos 12,1% registrados em igual período de 2020. No ano todo, o retorno foi de 15,8%, contra 12% em 2020.
“O nosso lucro recorde fez com que nossa rentabilidade ficasse ainda mais próxima dos pares privados”, disse o presidente do BB.
A receita com prestação de serviços somou R$ 7,8 bilhões no período entre outubro e dezembro do ano passado, alta de 5,9% em relação a igual período do ano anterior e avanço de 5,2% em comparação ao terceiro trimestre.
No ano todo, foram R$ 29,3 bilhões em receita com prestação de serviços, crescimento de 2,2% sobre o número anotado em 2020. Para 2022, a instituição estima expansão maior, de 4% a 8%.
As despesas administrativas, por sua vez, atingiram R$ 8,5 bilhões no quarto trimestre, alta de 4,8% em relação a igual período de 2020 e avanço de 7,6% sobre o terceiro trimestre.
Em 2021, foram R$ 32 bilhões em despesas operacionais, crescimento de 1,4% sobre o resultado de 2020. Para 2022, o Banco do Brasil estima expansão de 4% a 8%.
Entre outubro e dezembro, o Banco do Brasil abriu duas agências. No entanto, acumula o fechamento de 389 unidades em todo o ano de 2021. Com isso, o BB terminou o ano com uma rede com 3.979 agências.