Após o dólar registrar recordes seguidos na bolsa brasileira, o Banco Central promoveu três leilões da moeda norte-americana no mercado à vista nos últimos dois dias, como uma medida de contê-la.
Apesar de tentar controlar a alta do dólar, o procedimento do BC não causou um efeito a longo prazo, mas apenas temporário. Nas últimas três ocasiões em que a autoridade monetária interviu, a moeda voltou a ter um forte crescimento e ontem, 27, ultrapassou a maior alta de fechamento, em R$ 4,2586 reais (+0,44%).
Às 9h50 desta quinta-feira, 28, o Bacen vendeu um total de US$ 1 bilhão à vista, somando a quarta tentativa de controlar a alta do câmbio, aponta o Valor Investe. De manhã, por volta das 10h41, o dólar caía 0,38%, para R$ 4,2423. O dia é mais tranquilo devido ao feriado de Ação de Graças nos Estados Unidos e, por isso, as bolsas por lá estão fechadas.
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, reforçou que o câmbio é flutuante e o órgão age apenas quando existem problemas de liquidez ou para atenuar movimentos que fogem do padrão.
De acordo com a Reuters, Campos Neto afirmou que o Banco Central pode intervir com outros leilões em caso da moeda chegar próxima do recorde.
Não é de hoje…
Em agosto, o Banco Central passou a vendar dólar no mercado à vista pela primeira vez em dez anos, quando a moeda norte-americana ultrapassou a marca de R$ 4.
Foto: Gary Cameron/Reuters