A B3 informou que a partir de 31 de janeiro poderão ser negociados na Bolsa BDRs (Brazilian Depositary Receipts) que tenham como lastro fundos listados (ETFs – Exchange Traded Funds) que sigam índices de renda fixa e moedas internacionais.
Hoje já existem no Brasil ETFs que replicam índices de renda fixa locais, como o IMA-B, que acompanha o desempenho dos títulos do Tesouro atrelados à inflação.
A ideia é permitir a listagem de ETFs de índices de renda fixa e moedas internacionais para possibilitar a criação de produtos como os BDRs de ETFs .
Os BDRs, também conhecidos como Certificados de Depósito de Valores Mobiliários, são valores mobiliários emitidos no Brasil, que possuem como lastro ativos emitidos lá fora. É como se fosse criada uma cópia do ativo listado no exterior para ser negociado na bolsa brasileira.
Para que os BDRs de ETFs sejam emitidos no Brasil, o administrador dos ETFs no exterior deve firmar um contrato com alguma instituição depositária no país, que será responsável por emitir os BDRs.
A liquidez dos BDR de ETF é igual à das ações (D+2). Por investirem em ativos no exterior, esses produtos são expostos à variação cambial.
A BlackRock, líder no lançamento de BDRs no Brasil, é uma das gestoras que pretende trazer os recibos de renda fixa internacional para o mercado brasileiro.
Existem cerca de 800 BDRs listados na B3, grande parte de ações de empresas listadas lá fora, que somavam em novembro R$ 31,5 bilhões e reuniam 475 mil investidores.
Mais novatos no mercado, os BDRs de ETFs somavam 11.431 investidores pessoas físicas no mês.