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Aversão ao risco derruba volume negociado na B3 (B3SA3) e lucro da companhia cai 7,2%

Com o aumento da aversão ao risco nos mercados, uma série de empresas que se preparara para abrir o capital desistiu da oferta ou preferiu o adiamento

Foto: Shutterstock

Em um trimestre marcado pela ausência de ofertas públicas iniciais (IPOs) e pelo aumento da aversão ao risco por parte dos investidores, a B3 viu o seu lucro líquido cair 7,2% no primeiro trimestre, em comparação a igual período do ano passado, para R$ 1,2 bilhão, mostra balanço publicado na noite desta quinta-feira (12).

No documento, a empresa que controla a Bolsa afirmou que a escalada do conflito entre Rússia e Ucrânia trouxe incerteza aos mercados financeiros globais e aumentou a pressão inflacionária nas principais economias do mundo.

No Brasil, lembrou a B3, a preocupação com a disparada dos preços levou o Banco Central a manter o movimento contracionista e elevar a taxa de juros básica, que finalizou o trimestre em 11,75%.

Nesse cenário, com o aumento de aversão a risco no mercado internacional e alta da taxa de juros no Brasil, o volume financeiro médio diário negociado (ADTV) no segmento de ações na B3 atingiu R$31,2 bilhões no primeiro trimestre, queda de 15,3% em relação ao primeiro trimestre do ano passado.

No segmento de derivativos listados, o volume médio diário negociado (ADV) totalizou 4,4 milhões de contratos, queda de 16,4% em relação ao primeiro trimestre. “É importante ressaltar que o primeiro trimestre de 2021 foi um período de recorde histórico nos volumes com a expansão da segunda onda da Covid-19”, ponderou a B3.

Com o aumento da aversão ao risco nos mercados, uma série de empresas que se preparara para abrir o capital desistiu de realizar o movimento ou preferiu optar pelo adiamento.

A B3, contudo, destacou que “os follow-ons se mostraram uma boa opção de captação para companhias já listadas” e o trimestre contou com ofertas desse tipo, que totalizaram R$11,5 bilhões no período.

Além disso, a receita da B3 caiu 4,6% no primeiro trimestre, para R$ 2,5 bilhões, principalmente em razão dos menores volumes e margens no segmento Listado. O Ebitda recorrente da B3 ficou em R$ 1,72 bilhão no primeiro trimestre, queda de 11,5% ante o resultado de um ano antes.

A margem Ebitda recorrente, por sua vez, caiu para 75,4% no primeiro trimestre, de 83,1% no primeiro trimestre do ano passado, refletindo também uma nova política de preços implementada em fevereiro de 2021, que aumentou os descontos para day traders e teve mais impacto nos primeiros três meses deste ano.

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