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Após quitar dívida com Rede D’Or (RDOR3), FII NSLU11 pode voltar a pagar dividendos em julho

Fundo imobiliário Hospital Nossa Senhora de Lourdes não distribui proventos desde abril

Foto: Shutterstock

Após o fundo imobiliário Hospital Nossa Senhora de Lourdes (NSLU11) quitar o pagamento de uma dívida de R$ 27,1 milhões com a Rede D’Or (RDOR3), locatária do imóvel, a carteira pode voltar a distribuir dividendos em julho, disse uma fonte com conhecimento do assunto à Agência TradeMap.

O fundo está desde abril sem distribuir dividendos, que foram retidos para compor os recursos para o pagamento da dívida com a Rede D’Or.

Em 9 de junho, o BTG Pactual, administrador do fundo, informou que foi o valor de R$ 27,1 milhões foi pago à Rede D’Or. O montante se refere a um ajuste de contas relativo ao valor de aluguel fixado pela Justiça, em um processo judicial aberto pelo hospital contra o fundo em 2016.

Do total do pagamento, R$ 21 milhões partiram da terceira emissão de cotas que o fundo realizou para levantar recursos para quitar a dívida. Como a oferta ficou abaixo do total pretendido, de R$ 26 milhões, o fundo não terá como devolver os rendimentos retidos nos últimos meses, disse a fonte próxima à operação.

E como o pagamento da dívida não foi feito no prazo estipulado pela Justiça, até 29 de março, o fundo foi intimado a pagar multa de 10% sobre o valor da ação, mais juros de 1%, medida da qual está recorrendo.

“Se o banco tiver sucesso e não precisar pagar a multa, o fundo pode voltar a pagar dividendos em julho, mas, se tiver que pagar, deve ficar mais um mês sem distribuir os rendimentos”, disse a fonte.

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Em outro processo judicial, de 2011, foi a Rede D’Or que teve que fazer um depósito em juízo em favor do fundo no valor de R$ 1 milhão, que está em discussão.

Do lado do hospital, além do debate sobre o valor do aluguel, a Rede D’Or entrou, no ano passado, com um processo judicial contra o fundo pedindo a mudança do índice de correção do aluguel do IGP-M pelo IPC-FIPE.

Na ocasião, o juiz concedeu pedido provisório de reajuste do aluguel pelo IPC, mas, em abril deste ano, o aluguel voltou a ser corrigido pelo IGP-M. Atualmente, a troca do indexador está em discussão judicial.

O imóvel tem uma área de  23,5 mil metros quadrados e fica no bairro de Jabaquara, na cidade de São Paulo.

O contrato com a Rede D’Or tem vencimento em 2026, e o fundo considera substituir o locatário após o vencimento, dada a disputa judicial.

A carteira do NSLU11 tinha patrimônio líquido de R$ 194,4 milhões em maio e contava com 7.445 cotistas.

O fundo acumula queda de 40% na Bolsa, até 14 de junho.

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