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Após perder nível dos US$ 29 mil, Bitcoin reduz perda, mas ainda cai com mau humor generalizado nos mercados

Aumento dos juros na Austrália e expectativa por inflação americana reforçam clima de aversão ao risco e derrubam bolsas ao redor do mundo

Foto: Shuttersock

O mercado de criptoativos voltou a cair forte na madrugada desta terça-feira (7), em meio ao clima de aversão ao risco com o temor de aumentos mais persistente dos juros, que derruba as principais bolsas globais.

A queda inverte o ensaio de recuperação observado nos ativos criptografados nesta segunda-feira (6), depois de um fim de semana sem grandes variações.

O Bitcoin (BTC), a maior criptomoeda em capitalização, voltou a ser negociado abaixo de US$ 30 mil nas primeiras horas desta terça, após superar a faixa de US$ 31 mil na véspera. O clima também joga para baixo as altcoins, como são chamadas as criptos para além do BTC, com quedas de até 10%.

Por volta das 10h10, o BTC registrava recuo de 4,31%, negociado a US$ 30.185, conforme dados do Mercado Bitcoin disponíveis na plataforma TradeMap.

O Ethereum (ETH), segundo maior ativo do mercado cripto, tombava 8,3%, a US$ 1.751. Da mesma forma, a Solana (SOL) tinha forte recuo de 12,7%, cotada a US$ 38,26, conforme informações da CoinGecko.

Juros e inflação no radar

A volatilidade atinge o mercado financeiro de forma generalizada nesta terça, com investidores receosos sobre os próximos passos dos bancos centrais na tentativa de controlar a inflação.

O BC da Austrália surpreendeu negativamente ao subir os juros em 0,50 ponto percentual, elevando a taxa a 0,85% ao ano. A expectativa dos analistas ouvidos pela Reuters era um aumento na faixa de 0,25 a 0,40 p.p.

A decisão da autoridade monetária australiana aumenta as expectativas pela divulgação da taxa de juros na zona do Euro pelo Banco Central Europeu (BCE), na quinta-feira (9). Atualmente, a taxa está no campo negativo, a despeito da crescente variação de preços nos países do bloco.

Já na sexta-feira (10), saem dados da inflação ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) de maio nos Estados Unidos. Em abril, a inflação se manteve no maior nível desde o fim dos anos 1980 e aumentou a pressão sobre o Fed (O BC americano) pelo avanço dos juros.

Um alívio no CPI, porém, não deve significar novos aumentos para os ativos criptografados, disse Marcus Sotiriou, analista de mercado da GlobalBlock.

“Mesmo que a leitura esperada se assemelhe a uma diminuição na inflação, acho que precisaríamos ver um declínio mais significativo para o Federal Reserve mudar de rumo e, portanto, sustentar uma alta para as criptomoedas”, afirmou.

Além da questão macroeconômica, Humberto Andrade, especialista em trading do Mercado Bitcoin, chama a atenção para o aumento no volume de negociações nos últimos dias como um indicativo de que os investidores estão se preparando para liquidar posições.

“Mesmo com o open interest [contratos futuros não liquidados] e o volume negociado tendo uma leve alta, o nível da alavancagem assusta, o que traz uma perspectiva de correção para os próximos movimentos”, afirmou.

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